"Com lockdown ou sem, não paramos e ninguém valorizou", diz sindicalista dos rodoviários
Além da pauta econômica, os trabalhadores têm uma pauta de saúde, reivindicando vacinas e mais segurança em relação à covid-19.

Nas portas das garagens das empresas de transportes, dirigentes dos sindicatos de rodoviários de Belém (Sintrebel) e de Ananindeua e Marituba (Sintram) mobilizam trabalhadores e garantem que nenhum ônibus saia.
"Hoje, nossa categoria resolveu parar porque nosso salário está muito defasado. A patronal não quer dar nada de aumento para nós. Ano passado não houve greve e reconhecemos que não tinha por causa da pandemia e não houve nem reposição da inflação. Foi oferecido até parcelamento e não aceitaram nada", disse Ronison Carneiro, dirigente do Sintram.
Com a categoria, os sindicalistas reforçam que o movimento não é apenas econômico, mas também de saúde. Genivaldo Fonseca, também dirigente do Sintram, estava na porta da Barata Transportes, que fica na rodovia BR-316, bem perto das paradas de ônibus das passarelas de acesso a Águas Lindas. Mesmo assim, as paradas cheias por falta de veículos nas ruas.
"A gente fica preocupado e triste. Estamos na linha de frente da pandemia desde que iniciou. Com lockdown ou sem, não paramos e ninguém valorizou a gente. Agora que a Prefeitura de Ananindeua vai liberar a vacina. Mas só. E o Estado? Por que não se manifestou? E as empresas? Fora nossos gastos. Carne aumentou, gás de cozinha aumentou, combustível, e aí?", critica Genivaldo.
Na estimativa de Genivaldo, pelo menos oito rodoviários morreram por covid-19. Ao menos do que se tem registros mais formais.
A cobertura sobre a greve dos rodoviários está em andamento em todos os veículos do Grupo Liberal. Acompanhe!
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