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Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) tem programação alusiva ao dia do surdo

Segundo o IBGE, o Brasil tem mais de 10 milhões de pessoas surdas

Emanuele Corrêa

Nesta segunda-feira, 26, é o Dia Nacional do Surdo e para chamar atenção a respeito da temática que o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), referência no atendimento às Pessoas com Deficiência (PcDs), aderiu ao Setembro Azul, pela inclusão das pessoas surdas no Brasil. De janeiro a agosto de 2022  o CIIR realizou 16.145 atendimentos para usuários surdos e foram distribuídos 238 aparelhos auditivos, além de uma média mensal de 170 usuários surdos em reabilitação. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país tem mais de 10 milhões de pessoas surdas.

A programação inclui uma roda de conversa sobre “Capacitismo, inclusão e vivências profissionais”, às 15h30, no auditório da instituição, por meio do setor de Arte & Cultura e do Núcleo de Educação Permanente (NEP). Além do bate-papo, haverá uma ação de educação em saúde com a participação do professor da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Arlindo Gomes de Paula, da intérprete de Libras, Géssica Feitosa e estudantes de Letras Libras da Universidade do Estado do Pará (UEPA). No final do evento os participantes realizarão um tour inclusivo pelo CIIR.

O dia do surdo foi estabelecido pela lei nº 11.796, no dia 26 de setembro de 2008 e foi escolhido para relembrar a fundação da primeira escola de surdos no país: o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), que funciona desde 1857, no Rio de Janeiro.

Para o fonoaudiólogo do CIIR, Ramon Richard Domingos de Almeida, o Setembro Azul propõe é importante para que a sociedade reflita e, destacou a importância do respeito à diversidade que existe na surdez expressa de múltiplas formas, através dos surdos usuários de línguas de sinais, surdos oralizados e implantados. “Entre as evoluções decorridas desde a instituição dia do surdo, em 2008, destaco a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a cultura e suas especificidades, aumentando a atenção para a necessidade de inclusão, garantia e preservação dos direitos”, arguiu.

Ramon Almeida enfatizou que a assistência prestada pelo CIIR aos usuários é baseada no cuidado centrado na pessoa, pois prioriza a experiência do paciente e a participação em todo o processo terapêutico, além de citar outros benefícios da assistência com a realização de consultas com especialistas da área, exames, seleção, dispensação e adaptação de aparelho auditivo, acompanhamento terapêutico e acessibilidade no ambiente do CIIR.

Karen Negrão, 26 anos, é autônoma e recebe assistência no CIIR há três anos. Ela nasceu ouvinte, mas aos seis de idade, teve uma febre alta que a levou à surdez. Chegou a usar aparelho auditivo, mas optou por não usar mais e passou a se comunicar através da Libras. Ao conhecer o CIIR, foi encaminhada para acompanhamento. “Aqui eu me sinto bem, devido a facilidade de comunicação. Sei que existem intérpretes que nos ajudam muito, mas também consigo me fazer entender com os colaboradores ouvintes, que sempre estão dispostos a ajudar. “Eu amo o CIIR, gostaria que todos pudessem ter acesso aos serviços que são ofertados aqui”, disse ela.

O fonoaudiólogo Ramon explicou que há diferença entre surdez e deficiência auditiva, e isso muitas vezes é confundido. Ele pontuou que a deficiência auditiva é classificada pela intensidade da perda auditiva, que pode variar de leves até profundas. Já a surdez é definida pela Organização Mundial da Saúde como a perda completa da capacidade de ouvir de uma ou ambas as orelhas, seja por problemas congênitos ou não.

(Com informações da assessoria de comunicação do CIIR)

Belém