Campanha da Fraternidade 2022 é lançada nesta quarta-feira de cinzas
Este ano a campanha será focada na importância da educação. Na Arquidiocese de Belém, abertura será realizada no próximo sábado (5), às 8 horas, no Colégio Marista (Nazaré).
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou na manhã desta quarta-feira de cinzas, 2 de março, a Campanha da Fraternidade de 2022. Com o tema “Fraternidade e Educação” e o lema bíblico, extraído de Provérbios 31, 26: “Fala com sabedoria, ensina com amor”, a campanha deste ano busca promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário. A abertura aconteceu no formato remoto, através das redes sociais da CNBB. Na Arquidiocese de Belém, a campanha será aberta no próximo sábado (5), às 8 horas, no Colégio Marista (Nazaré). Participarão do evento o Clero, leigos e religiosos de todas as paróquias de Belém.
VEJA MAIS
A Campanha da Fraternidade é realizada há 58 anos, a fim de preparar os fiéis para a Páscoa do Senhor, celebrada este ano no dia 17 de abril. Durante o lançamento, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB, reafirmou o compromisso da igreja com a educação e a importância deste pilar para a formação da sociedade, fomentando a participação dos fiéis no fortalecimento educacional.
"No horizonte de todos, como igreja que ajuda a construir a sociedade, se põe essa especial oportunidade de serviço a vida plena dialogar e compreender mais sobre a educação no Brasil a luz de nossa fé cristã, desafiados a propor caminhos e levem a um humanismo integral e solidário, comprometidos com a promoção da cultura da paz, certo da importância prioritária da educação para tempos novos na vida de cada cidadão ou cidadã, das famílias e comunidades no conjunto da sociedade brasileira. A educação é pilar da paz e por isso mesmo precisa receber sempre mais investimentos significativos de todos os segmentos.", afirmou.
De acordo com a CNBB, esta é a terceira vez que a temática da educação será abordada na Campanha da Fraternidade. O tema já foi objeto de reflexão e ação eclesial em 1982 e 1998. De acordo com a introdução do texto-base, foi “a realidade de nossos dias que fez com que o tema educação recebesse destaque, um tempo marcado pela pandemia da covid-19 e por diversos conflitos, distanciamentos e polarizações”. Para presidência da CNBB se trata de uma campanha que, mais do que abordar outro aspecto específico da problemática educacional, vai refletir sobre os fundamentos do ato de educar na perspectiva católico-cristã.
Com relação ao tema escolhido para este ano, Dom Joel Portella Amado, secretário-geral da CNBB, pontuou que este ano a campanha chama atenção para a necessidade de crianças, jovens e adultos tenham acesso à educação "Vale lembrar que educar não é apenas uma questão de frequentar a escola, educar é tarefa da família, das escolas, das igrejas e de toda a sociedade, cada um tem um papel importante que não pode ser esquecido", ressaltou.
A Campanha da Fraternidade 2022 é impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo papa Francisco. Na carta de convocação ao Pacto, o Santo Padre apresenta elementos constitutivos de uma educação humanizada que contribua na formação de pessoas abertas, integradas e interligadas, que também sejam capazes de cuidar da casa comum. Na abertura da campanha, o Santo Padre destacou a importância da valorização do ser humano em sua integralidade, evitando a cultura do descarte que coloca os mais vulneráveis à margem da sociedade e despertando para a importância do cuidado com a criação.
"Ao olhar para a sociedade, percebe-se de maneira muito clara a urgência em adotar ações transformadoras no âmbito educativo a fim de que tenhamos uma educação promotora da fraternidade universal e do humanismo integral. Nunca como agora houve a necessidade de unir esforços numa grande aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar a fragmentação e os contrastes. Como no passado também hoje queremos com a sabedoria e a humanidade das nossas tradições religiosas ser estímulo para uma renovada ação educativa que possa fazer crescer no mundo a fraternidade universal. Desejo que a escolha do tema torne-se causa de grande esperança em cada comunidade eclesial e de efetiva renovação das escolas e universidades católicas", destacou o líder da Igreja Católica.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA