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‘Caminhada Down’ reúne centenas de pessoas na praça Batista Campos neste domingo (23)

A data marca um alerta para Dia Mundial de Síndrome de Down, que ocorreu no último dia 21, e pede por mais inclusão para as para pessoas com a trissomia do cromossomo 21.

Bruna Dias
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Neste domingo (23), foi realizada a 11ª Caminhada Down, na praça Batista Campos em Belém. Milhares de pessoas compareceram ao evento que contou também com a participação de diversas instituições ligadas à saúde e educação para pessoas com a trissomia do cromossomo 21.

Caminhada Down

“A organização da Caminhada Down é realizada por várias instituições, como Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia), Apae (Associação de pais e Amigos Excepcionais), Fundação Pestalozzi do Pará, Acreditar, e tantas outras, que atendem essas pessoas. O movimento está intenso porque essas instituições se uniram e juntas mostram para a sociedade a capacidade que as pessoas com Down têm, tudo o que eles podem fazer. Eles conseguem exercer a cidadania deles como qualquer outra pessoa. Acho que o sucesso da caminhada é por conta da união das instituições que atendem essas pessoas e que fazem um trabalho magnifico para que elas possam existir do jeito que elas são”, explicou Andrea Miranda, Diretora do Núcleo Acessar da Ufra.

Além da caminhada, o público ainda contou com serviços disponíveis para pessoas com Down, familiares e demais presentes. Com seu boné do Clube do Remo, Marcelo Neto, assistido pela Apae Belém, estava apreensivo pela Caminhada e com o clima, que apresentava sol intenso e permitiu que o público participasse assiduamente. “A gente vem participar da Caminhada que vai sair e que conta com familiares, idosos, crianças e Down. Vamos caminhar, porque não vai chover e tem muito sol”, disse antes de fazer o trajeto sugerido ao redor da praça.

No espaço também ocorriam apresentações artísticas, como de grupo de carimbó, além de dança. O sucesso da Caminhada se deu pela presença intensa do público.

“Eu desenvolvo projetos, e também estou na coordenação, da Caminhada Down, trabalhando também na UFRA e demais lugares desenvolvendo com a minha equipe para pessoas com Síndrome de Down. Eu quero explicar como funciona a acessibilidade, além de lutar pelos direitos dignos. A participação de todo mundo é importante”, disse André Bastos, que faz parte da coordenação do evento.

A Apae, que tem 66 anos de fundação, estava presente também na 11ª Caminhada Down. A Associação, que atende atualmente 500 pessoas no mês, é procurada de forma espontânea para realizar os atendimentos, que possuem um protocolo especial de acompanhamento para a pessoa com deficiência intelectual e múltipla e seus familiares.

Em 2024, tinham 36 Apaes no Estado do Pará. “A associação tem a missão de promover um atendimento para crianças e nós trabalhamos com muita mobilização. Nós temos setores responsáveis por ele trabalho, como assistência, que é a porta de entrada na Apae”, explicou Isa Feio, presidente da Apae Belém.

“É muito importante para Apae estar hoje aqui, poque essa Caminhada nos dá muitos recursos e ideias para que a gente possa ver possibilidades. Nosso objetivo também é a família, não separamos familiares dos atendidos, eles caminham juntos”, acrescentou a presidente.

A 11ª Caminhada Down ocorre dois dias após o Dia Mundial de Síndrome de Down, que ocorreu em 21 de março, destaca a importância de conscientização da sociedade sobre os direitos igualitários, inclusão e bem-estar da pessoa com a trissomia do cromossomo 21.

 

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