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Ato convocado pelo Sintepp cobra melhorias em escolas do Pará

Estudantes de escolas estaduais participaram da manifestação na frente da Seduc

Dilson Pimentel

Representantes das comunidades escolares Ruth dos Santos Almeida, Jarbas Passarinho e XV de Novembro realizaram um ato público, na manhã desta quarta-feira (21), em frente ao prédio sede da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), na avenida Augusto Montenegro, em Belém. Eles querem melhores condições estruturais e pedagógicas.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), que convocou o ato, informou que a EE Jarbas Passarinho, no bairro do Souza, em Belém, aguarda a retomada das obras, paradas há mais de um ano, e o remanejamento dos discentes para um prédio provisório, visto que está dividindo o espaço educacional da escola Costa e Silva, que também necessita de reforma e não tem espaço suficiente para abrigar as duas unidades de ensino.

As comunidades escolares Ruth dos Santos Almeida, no conjunto Maguari (Belém), e Zulima Vergolino Dias, na Cidade Nova II, em Ananindeua, "questionam o projeto de reestruturação dessas unidades para a modalidade de ensino médio de tempo integral (EMTI), determinado pela Seduc, mas sem qualquer diálogo com populações atendidas".

Já a comunidade escolar XV de Novembro, no distrito de Icoaraci, em Belém, ainda segundo o Sintepp, luta pelo não fechamento das turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no turno da noite, notado a partir da não disponibilização no sistema da Seduc de matrícula para esta importante modalidade educacional.

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Seduc quer impor modelo de escola integral, diz coordenador do Sintepp

Beto Andrade, coordenador de Comunicação do Sintepp, disse que há uma “imposição da Seduc” em implantar um modelo de escola integral, por exemplo, na escola Ruth dos Santos Almeida.

“O problema é que a escola não tem condições, inclusive estruturais, de viabilizar o tempo integral. A escola não foi consultada”, afirmou. Estudantes, pais, professores “rejeitaram essa imposição”.  Mas, basicamente, afirmou Beto Grande, “a grande luta das escolas é por reformas”.

O professor Silas Monteiro, da escola Ruth dos Santos Almeida, disse que o colégio não tem estrutura para funcionar em tempo integral. “E a gente sabe que a escola de tempo integral no estado do Pará, do jeito que está sendo feita, é um engodo: os alunos não ficam em tempo integral. Eles vão de manhã e têm que voltar pra casa almoçar e retornar”, afirmou.

Eles têm gastos com transporte. “Porque, na escola, não está sendo fornecida refeição, por exemplo”, completou Silas.

A gente gasta dinheiro para comprar lanche, diz aluna

Adria Victória, 17 anos, estuda na “Ruth dos Santos Almeida”. “Nossa escola não tem estrutura pra gente ser integral. Muitas das vezes, não tem lanche. A gente gasta dinheiro para comprar o nosso lanche. Tem aluno que não tem dinheiro e fica passando fome”, afirmou.

Maria do Socorro da Silva, 63 anos, é mãe de uma aluna que tem Síndrome de Down e estuda na “Jarbas Passarinho”. “A nossa escola pede socorro. Estamos sem local. Então as crianças, nossos alunos estão sendo prejudicadas”, afirmou. A Redação Integrada acionou a Seduc e aguarda retorno.

O Sintepp requereu audiência para, esta quarta-feira (21), com a secretária de Educação, Elieth Braga, para debater as pautas de reivindicação das referidas instituições de ensino.

A Redação Integrada do Grupo Liberal pediu para a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) com comentar sobre o caso do ato público. Não houve retorno até o fechamento desta edição.

Belém