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Associação dos tiradores de argila citam prejuízos após operação da polícia

Barreirenses pararam atividades, o que prejudica a cadeia da cerâmica de Icoaraci

Dilson Pimentel

A Associação dos Barreirenses de Icoaraci está recolhendo assinatura dos moradores informando que os dez  barreirenses (trabalhadores que retiram barro do mangue para fazer cerâmica), entre eles quatro baleados e detidos ontem na Operação Diataxi, deflagrada em Paracuri e no Tapanã, "são devidamente cadastrados na associação e todos são cidadãos de respeito e trabalhadores sem antecedentes criminais".

A associação diz que encaminhará o documento a todas as autoridades competentes. A coleta de assinatura ocorreu paralelamente ao ato de protesto realizado hoje pela manhã, que fechou por duas horas e meia a  rodovia Arthur Bernardes, em Icoaraci.

RISCO À CERÂMICA
 
Sem o trabalho dos barreirenses, o mercado de cerâmica do Distrito de Icoaraci não funcionaria. A produção desse grande atrativo turístico do distrito de Belém depende do trabalho que retira do mangue a sua matéria-prima, que é argila.

Segundo informam os moradores da comunidade do Paracuri, são 22 barreirense que atuam nesse local. Nesse momento, após os episódios dessa semana, eles dizem que as atividades estão suspensas.

A retirada de argila do mangue para o ciclo de produção da  cerâmica está parada. Os tiradores de argila, os barreirenses, temem voltar à mata, após a ação da polícia.

Deste modo, não podem mais receber nem cumprir com novas encomendas - justamente porque não podem também mais garantir prazos de entrega.

"Sem argila, fica tudo parado", dizem os produtores da associação. A cerâmica de Icoaraci movimenta economia, gera empregos e tem grande valor para a geração de renda no distrito de Belém.
 

Belém