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Arte urbana é ampliada para novos espaços em Belém

Essa forma de arte é democrática por ser de fácil acesso à população

Dilson Pimentel
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A arte urbana tem ganhado destaque nas ruas de Belém. E esse processo deverá se intensificar por causa da COP 30, que será realizada, na capital paraense, em 2025. Presidente da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), Inês Silveira disse que Belém é uma cidade que pulsa arte: arte na música, nas artes cênicas, na gastronomia, no artesanato, nas cores, nos sons e nos espaços. “Arte urbana: espaços a céu aberto sendo visualizados por quem mora e por quem visita. São as expressões dos artistas locais”, disse.

Ela citou o Ver-o-Rio, que teve, no ano passado, a intervenção de um projeto - o Museu de Arte Urbana de Belém (Maube), cuja realização foi apoiada pela prefeitura. “Este ano vem uma nova versão e o Ver-o-Rio se tornou não só uma janela para o rio, mas também um espaço a céu aberto aonde os artistas estão expressando a sua arte. Uma arte que traz na sua essência cenas do nosso cotidiano e da nossa ancestralidade”, disse. Ela afirmou que as pessoas que visitarem o Ver-o-Rio a partir do final deste mês, ou do início de novembro, vão encontrar um outro cenário - o cenário da arte urbana.

Além do Ver-o-Rio, a prefeitura de Belém também fez um aporte com o projeto Cores do Pará nas três estações do BRT: São Brás, Tapanã e Maracacuera. “E, nesse sentido, oportuniza a população que, no momento em que está no transporte coletivo, se depara com uma cena expressa pelos nossos artistas nas paredes de cada estação dessa. Temos muita satisfação em estar oportunizando os nossos artistas a eternizarem as suas expressões nas paredes da nossa cidade”, afirmou Inês Silveira.

O artivista visual, como ele se define, And Santtos disse que a arte tem um poder grandioso de transformar. “E a arte urbana nos fala sobre uma democratização, sobre uma questão muito mais liberta, muito mais sociável. A arte urbana está inserida em todos os locais da cidade, onde a gente pode falar sobre determinados assuntos”, disse. “Passar essa mensagem e, além de tudo, contribuir com o meio ambiente, contribuir com o bem-estar da sociedade. Ela embeleza o ambiente onde as pessoas passam”, afirmou.

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“A COP é o nosso momento artístico”, diz And Santtos

And disse que, quando está nas ruas, pintando, fica vulnerável às intempéries do tempo. “E da própria população também. Uns gostam, outros não. Mas, na a maioria das vezes, eu recebo muito mais elogios do que uma crítica negativa”, observou. Mas também destacou que a crítica é importante para que o artista possa melhorar cada vez mais seu trabalho. “Eu, enquanto artista dentro dessa arte urbana, me sinto muito satisfeito em contribuir para um determinado assunto, para que as pessoas possam realmente refletir, se conscientizar, melhorando, também, a autoestima das pessoas através das cores que eu utilizo por meio do meu ‘odivelismo’, contou. Essa usa a expressão odivelismo por ser natural de São Caetano de Odivelas.

And Santtos também falou de suas expectativas para a COP 30: “A COP é o nosso momento artístico de mostrar a nossa voz da Amazônia, de mostrar os nossos conceitos, de mostrar os nossos costumes e mostrar várias questões, entre as quais o meio ambiente”.

Gibson Massoud é idealizador do Museu de Arte Urbana de Belém (Maub). Ele disse que, do ponto de vista de democratizar o acesso à arte, a arte urbana é, sem dúvidas, a mais democrática, por estar disponível para quem a vê 24 horas por dia e de maneira gratuita para a população. “Quando você tem espaços públicos ocupados com arte, o público vem visitar. Fazendo com que o espaço se valorize, movimentando o comércio e deixando o espaço mais seguro”, afirmou.

Ele comentou que o Maub é um bom exemplo disso. “Localizado no complexo Ver-o-Rio, ele conseguiu potencializar um ponto turístico que andada meio esquecido e, com isso, trouxe melhoria de vida para os comerciantes que lá trabalharam e a para a população que reside nas proximidades”, observou. E, em relação à arte urbana, e sobre suas perspectivas para a COP 30, Gibson disse que acredito que será uma oportunidade de pessoas de outros países conhecerem os artistas visuais da Amazônia. “E, também, temos uma chance de fortalecer o turismo nos espaços públicos ocupado com a arte urbana em Belém, como o Maub”, afirmou.

 

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