Após quase um mês, Gabinete de Crise avalia ações de combate a incêndios em Belém e distritos
O gabinete destacou que conseguiu diminuir o incêndio florestal em Mosqueiro entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro
Após quase um mês desde que foi montado, no dia 26 de outubro, o Gabinete de Crise do Município de Belém se reuniu no Palácio Antônio Lemos, na manhã da última terça-feira (19), para avaliar as medidas implementadas de combate a incêndios na capital e distritos. Participam 9 entidades e secretarias. O gabinete destacou que conseguiu diminuir o incêndio florestal em Mosqueiro entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro e que promoveu assistência, com doação de água potável, cesta básica e auxílio para necessidades imediatas, às comunidades 19 de Abril e Nova Esperança que foram diretamente afetadas pelas chamas.
Sob a coordenação da Comissão Municipal da Defesa Civil (Comdec), o gabinete de crise de Belém se uniu a outros dois instalados nos distritos de Mosqueiro e Outeiro, o objetivo é lidar com as situações relacionadas a incêndios em todo o município. Graves ocorrências foram registradas nos distritos e nos bairros da Marambaia e Condor.
Claudionor Corrêa, coordenador da Comdec, ressalta que as ações integradas entre secretarias e entidades foram fundamentais para auxiliar os bombeiros no combate aos incêndios.
“Foi só a partir da criação do comitê, que foi possível encaminhar subsídios para auxiliar o Corpo de Bombeiros, que estava com dificuldade, tanto de acesso, quanto de reabastecimento do carro de bombeiros para combater os incêndios", explica o coordenador da Comdec.
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Integração entre secretarias
De acordo com o coordenador, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) deu suporte com carros pipas, pá mecânica, entre outros materiais como enxadas e facões para que os bombeiros pudessem abrir caminho e chegar aos focos de incêndio. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) emitiu relatórios sobre a condição das áreas afetadas. A Secretaria Municipal de Saúde (Semec) atuou nos atendimentos dos que inalaram bastante fumaça. A Fundação Papa João XXIII levantou informações das famílias atingidas e as cadastrou para recebimento de ações de assistência. A Guarda Municipal fez a segurança dos funcionários e pessoas que atuavam no enfrentamento ao fogo. E o gabinete municipal deliberou material para auxiliar nas ações das secretarias.
Investigação
O gabinete de crise continua acompanhando as ações das polícias Civil e Militar, que já investigaram e prenderam alguns responsáveis pelo fogo. “Algumas pessoas eram trabalhadores rurais, que por falta de conhecimento do manuseio da terra para suas plantações acabaram ateando o fogo, que fugiu do controle e tem outros, que segundo informações do próprio órgão do estado, são incêndios criminosos mesmo”, explica Claudionor.
Proibição
Em decorrência da crise climática, o Governo do Estado proibiu, por meio de um decreto, qualquer tipo de queimada, seja para manuseio da terra, seja para outros fins. “Estamos num período de mudança climática, em que o clima está muito quente e qualquer fogo que você coloca o vento leva uma fagulha para outra área e começa outro foco de incêndio novo. Então, a gente sempre pede que ligue para o 190, que aciona a Polícia Militar, que vai identificar o causador do foco da queimada e essa pessoa será encaminhada a uma delegacia. Caso a pessoa perceba um foco de incêndio que também ligue para o 193 para ser acionado o Corpo de Bombeiros”, finaliza Claudionor.
Decreto
O decreto nº 4.151, de 27 de agosto de 2024, que continua em vigência, declarou situação de emergência e a proibição da permissão, autorização e utilização do fogo, inclusive para limpeza e manejo de áreas, em todo o Estado do Pará.