Ano Novo Chinês desperta curiosidade e interesse pela cultura oriental em Belém
Festejo comemorado no próximo dia 29 de janeiro aproxima os paraenses da cultura do país
Festejo comemorado no próximo dia 29 de janeiro aproxima os paraenses da cultura do país
Às vésperas do Ano Novo Chinês, celebrado, neste ano, no dia 29 de janeiro, em Belém, o interesse pela cultura da China ganha força. No bairro do Umarizal, o Instituto Confúcio - que funciona por meio de um convênio entre a Universidade do Estado do Pará (Uepa) e a Shandong Normal University - se torna um ponto de encontro para curiosos e entusiastas que desejam aprender mais sobre as tradições do país. Com cursos e oficinas, a instituição promove um intercâmbio cultural, aproximando os paraenses das práticas chinesas.
Entre os atrativos dos belenenses, está a gastronomia chinesa. E, na capital paraense, o “Festival de Primavera 2025”, que segue no Instituto até sexta-feira (17), propicia essa vivência para aqueles que têm interesse em conhecer a culinária do país com o preparo de jiaozi (bolinhos chineses), além de outras práticas, como aula de artesanato e palestras sobre o Ano Novo Chinês, dentre outras oficinas durante a programação.
Antônio Braga, diretor brasileiro do Instituto Confúcio na Uepa, comenta que o interesse em conhecer a cultura chinesa tem ganhado cada vez mais adeptos. Braga relata que, muitas das vezes, a imersão na cultura oriental começa no aprendizado da língua, nas artes marciais e até nos filmes. Mas esse interesse vai muito além. “Vejo que tem uma curiosidade. Percebo, também, que, nas aulas de história, sempre estudamos pouco sobre a China e sobre a Ásia. Com a expansão da internet e do acesso à informação, surgem outros questionamentos”, relata
E, no Pará, isso tem crescido cada vez mais. Com a proximidade do Ano Novo Chinês, as experiências voltadas ao festejo se sobressaem. “Um dos pontos principais de qualquer celebração é a comida, que sempre está presente. Com o Festival da Primavera, no Instituto, os alunos estão aprendendo a fazer o jiaozi, um bolo simbólico utilizado para representar o Ano Novo. Apesar de estarmos em continentes bem distantes, vimos muita diferença entre a cultura paraense e chinesa. E não conseguimos aprender a língua de um povo se não aprendermos a cultura daquele lugar”, diz.
“Já o Ano Novo Chinês não tem uma data exata para começar, pois na China utilizam o calendário lunar. Então, dependendo da movimentação da lua, a data pode mudar. Geralmente acontece entre janeiro e fevereiro. E, antes do Ano Novo, na China, tem o festival da primavera, que simboliza o momento de saída do inverno, simbolizando um recomeço, uma nova vida, fartura, é o momento de plantar. E tudo no festival tem um significado, seja a roupa ou as comidas”, comenta.
A fisioterapeuta Natasha Lima, de 26 anos, conta que o interesse pela cultura chinesa começou em casa, já que parte da família dela vive na China. Esse contato próximo despertou sua curiosidade pelas tradições, idioma e história do país, além de criar um vínculo afetivo com os costumes chineses. "Sempre gostei da cultura chinesa por ter esse convívio e essa interação", conta a jovem, que também teve a oportunidade de participar do Festival da Primavera no Instituo Confúcio.
O interesse de Natasha se aprofundou a partir do aprendizado do mandarim. Para ela, compreender a língua é uma forma de se conectar mais intensamente com as oportunidades que o idioma e a cultura chinesa oferecem. Além disso, Natasha destaca que aprender a língua é também uma maneira de vivenciar experiências culturais únicas, mesmo estando do outro lado do mundo. "A China está em ascensão, e o mandarim pode abrir muitas portas, seja na carreira, em viagens. E até para mestrados e pós-graduações".
Ao perceber a importância de aprender um novo idioma e as possibilidade que isso traria, o advogado Raul Neto, de 25 anos, decidiu começar o curso de mandarim. E acabou se encantando por outros elementos da cultura chinesa. “O interesse pela língua é pela possibilidade de estudar no país, considerando que a Embaixada da China no Brasil oferece bolsas de estudos tanto em nível de graduação quanto em nível de pós-graduação para que brasileiros ou brasileiras possam estudar”, conta.
Ao longo do ano, o Instituto Confúcio na Uepa também oferece aulas de artes marciais, Tai Chi Chuan, atrações chinesas, aulas de Mandarim, além de ser um Centro de aplicação do Exame de Proficiência Chinês. E ainda, oferta oficinas a programações voltadas à arte e cultura do país oriental. Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone (91) 98895-2256. As inscrições dos cursos e atividades são totalmente gratuitas. Já quem deseja se inscrever para o Festival da Primavera deve seguir por meio de um formulário on-line.