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Alunos da Palmira Gabriel fazem ato na Augusto Montenegro após ataque a estudante

A pista no sentido Belém-Icoaraci foi interditada por conta da manifestação, que foi acompanhada pela Polícia Militar

O Liberal

Estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Palmira Gabriel — onde um aluno foi esfaqueado na última quinta-feira (30) —, em Belém, fizeram um ato que interditou a avenida Augusto Montenegro, no sentido Icoaraci, na tarde desta sexta-feira (31). O ato tem a ver com a violência em instituições de ensino e ameaças de ataques a colégios que vêm preocupando as comunidades escolares por todo o Pará. A Polícia Militar foi acionada para acompanhar a manifestação.


As atividades escolares da escola estadual Palmira Gabriel estão suspensas por 15 dias, conforme informaram os alunos que participaram do protesto. Eles estavam às vésperas das provas, que consequentemente, foram adiadas. As principais reivindicações dos estudantes foram a garantia de segurança dentro das salas de aulas, atendimento psicológico para os estudantes, melhores condições da estrutura do prédio que abriga a instituição e sinalização adequada para evitar acidentes durante a saída dos colegiais. 

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Por volta das 14h30, os alunos se concentraram na frente da escola, segurando cartazes com mensagens contra a violência dentro das salas de aulas e gritavam palavras de ordem. Eles interditaram por cerca de 20 minutos a pista da avenida Augusto Montenegro, no sentido Icoaraci, em frente ao colégio. Com a chegada de viaturas da Polícia Militar, o grupo deixou a pista, mas permaneceu em frente ao estabelecimento de ensino.

Alguns pais e responsáveis também participaram do ato. À reportagem, eles disseram que temem que os filhos sejam vítimas de violência. Zandra Mota, 36 anos, é mãe de dois alunos da escola Palmira Gabriel, uma menina de 13 anos e um garoto de 16 anos. Ela contou que a falta de segurança é constante no local, e o atentado que ocorreu no último dia 30 seria um reflexo da insegurança no ambiente escolar.

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“Criminosos já chegaram a pular o muro da escola para roubar”, relatou Zandra. Ela também se queixou da estrutura e da falta de sinalização na frente do colégio. “A gente também está pedindo mais estrutura, a escola não tem porta, não tem cadeira, não tem ventilador, não tem água, não tem merenda. Semana passada entrou um jacaré na escola. Às vezes, acontecem assaltos aqui. Eles [assaltantes] pulam lá por atrás, roubam os alunos e voltam por trás mesmo”, afirmou.   

A Redação Integrada de O Liberal solicitou um posicionamento e aguarda retorno da Secretaria de Educação do Estado do Pará (Seduc).

Belém