Instituto Déa Maiorana (IDEA) visa mudar a vida de pessoas em situação de vulnerabilidade social
Instituto luta por um novo momento com maior justiça climática para mulheres e jovens em vulnerabilidade social
No próximo mês, o Instituto Criança Vida, uma entidade sem fins lucrativos, dará lugar ao Instituto Déa Maiorana (IDEA), uma homenagem à presidente do Grupo Liberal, Lucidéa Batista Maiorana, a Dona Déa. “Não se trata apenas de uma mudança de nome e de marca, mas sim da ampliação da missão do Instituto. Ele tem como visão implementar e disseminar práticas socioambientais sustentáveis que contribuam para transformar a realidade de mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade social promovendo uma sociedade mais inclusiva e com maior justiça climáticas”, detalhou Rosângela Maiorana, vice-presidente do Grupo Liberal e presidente do Instituto Déa Maiorana.
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Rosângela acrescenta que o nome Déa Maiorana foi escolhido por um motivo muito justo e nobre. “Dona Déa, como nossa mãe é carinhosamente chamada, desde muito cedo tem tido uma vida pautada em garantir o respeito e bem-estar das pessoas, da nossa família, dos nossos colaboradores, dos cidadãos mais vulneráveis. A responsabilidade e consciência social é um valor que ela, ao lado do nosso pai, Romulo Maiorana, desde sempre nos ensinou como importante para uma sociedade mais justa e sustentável”, acrescentou.
O Instituto Déa Maiorana será lançado em 13 de dezembro, na ilha do Combu, em Belém, e, em sua nova concepção, vai atender mulheres e jovens em situação de vulnerabilidade social, prioritariamente indígenas, quilombolas e extrativistas.
Na construção desse novo momento o Instituto Déa Maiorana conta com o importante apoio da ViaFloresta, um hub de inteligência estratégica para geração de impacto socioambiental positivo e transformações sustentáveis.
Mudanças climáticas afetam populações vulneráveis na região
Para a diretora executiva do Instituto Déa Maiorana, Camille Bemerguy, as mudanças climáticas têm afetado diretamente as populações mais vulneráveis na região. “As secas e as enchentes afetam principalmente as populações mais vulneráveis, impactando-as tanto no seu dia a dia como na sua subsistência”, disse.
"A gente tem que começar a atuar hoje, porque o que achávamos que seria muito mais à frente já está acontecendo”, disse. Ou seja, estamos diante da urgência em realizarmos ações para a Amazônia, para o Pará, direcionando para atividades sustentáveis focadas na biodiversidade (natural, social, cultural). E, para isso, temos que fortalecer a sociedade civil local para que expressem a voz e participem da formulação de soluções capazes de gerar as mudanças necessárias onde justiça social, justiça climática, diversidade cultural e conservação da natureza sejam partes da mesma equação quando falamos da economia da Amazônia, do estado do Pará".
Camille explicou que Dona Déa sempre foi uma pessoa reservada, que não dava publicidade às suas ações sociais. “Quando o nome dela vem para o instituto é para a gente dar voz e visibilidade àquelas mulheres e crianças que, muitas vezes, estavam invisíveis”, afirmou.
Instituto Déa Maiorana tem apoio da ViaFloresta
Na tarde de quarta-feira (22), Rosângela e Camille participaram de uma reunião virtual com José Mattos, CEO da ViaFloresta, e Tainah Fagundes, gerente de projetos e parcerias da entidade. Eles abordaram esses temas, falando dessa parceria com o Instituto Déa Maiorana e discorreram sobre justiça climática.
“O Instituto esteve aberto a transcender a forma regular ou tradicional de constituir organizações da sociedade civil. E, por isso, a gente viu uma oportunidade de ajudar também nessa construção do novo posicionamento, através de ferramentas inovadoras também”, disse Mattos.
Para tanto, há duas ferramentas importantes. Uma visão de negócio de impacto (uma organização que nasce para resolver problemas sociais, no caso mulheres e jovens em situação de vulnerabilidade) e a perspectiva de criar uma teoria de mudança.
“Não é simplesmente um modelo de planejamento tradicional, mas é um modelo que coloca a necessidade de transformação social no meio do processo, como forma da gente realmente ter uma nova realidade, que seja mais inclusiva, mais aberta às mulheres, que traga mais possibilidade de empoderamento e defesa, proteção e promoção dos direitos das mulheres, principalmente aqui na nossa região, que é um grupo de pessoas altamente vulnerabilizada”, afirmou.
José também destacou que Dona Déa tinha essa disponibilidade para ajudar as pessoas e ser solidária, mas não gostava de aparecer nessas ações. “Na hora em que o nome dela vem para o instituto tem uma dupla função: você ancora a imagem desse instituto a uma mulher muito solidária e prestativa e que tinha essa identidade de auxílio e você também faz uma homenagem reconhecendo esse papel na vida da sociedade paraense”, pontuou.
“O Instituto está ampliando o seu olhar. Eles começam olhando para a saúde e infância, não menos importante. E, agora, trazendo uma amplitude para uma Amazônia paraense, rica para o olhar do empreendedorismo e para o olhar do empreendedorismo feminino e da juventude. Dentro da justiça climática, a gente está falando de uma população que é diretamente atingida - as mulheres jovens", diz Tainah Fagundes.
"Então, o instituto atender e direcionar a sua atuação para isso é muito importante, porque, quando a gente fala de justiça climática, a gente está realmente olhando para essas populações que estão em vulnerabilidade social e realmente compreendendo que elas estão por um contexto de opressão mesmo. Então, é importante usar e compreender esses conceitos, porque a gente precisa olhar com essa sensibilidade de reparação mesmo. A gente tem uma dívida histórica nesse país. A gente precisa reparar e incluir os povos da floresta nesse contexto todo: os povos indígenas originários, quilombolas, predominantemente nesse recorte do grupo feminino e da juventude, que tem um olhar importante para essa manutenção dos saberes, incluindo eles no protagonismo, para que eles consigam ter fôlego, ânimo de manter seus conhecimentos, de manter seus valores, mas também consigam ter direito de escolha, de fazer o que eles quiserem”, complementa.
Rosângela afirmou que as ações do Instituto Déa Maiorana serão realizadas em parceria com outros segmentos da sociedade. “O Instituto Criança Vida atuava sempre em parcerias, articulando com sucesso satisfatório o primeiro, o segundo e terceiro setor. Vamos continuar nesse caminho, compartilhando e interagindo com diversos atores”.
Rosângela Maiorana destaca o papel de O LIBERAL na sociedade
O jornal O LIBERAL completa 77 anos com um importante papel social. Para Rosângela Maiorana, as reportagens com enfoque socioambiental contribuem para que empresas de comunicação e jornalistas exerçam seus papéis enquanto interlocutores e formadores de opinião. “Além de serem corresponsáveis - junto ao governo, empresas e terceiro setor - pela busca de soluções para os problemas brasileiros”, diz.
Ao abordar, por exemplo, o racismo estrutural, o trabalho infantil, a violência doméstica ou o garimpo ilegal na Amazônia, acrescenta Rosângela, órgãos de imprensa podem aquecer o debate em aspectos como os direitos das crianças e dos adolescentes, direitos das mulheres ou o impacto ambiental, econômico e social causado pela extração irregular do minério. “Da mesma forma, veículos de comunicação devem abrir espaço para entidades sem fins lucrativos. Isso vai ajudá-las a se manter ativas, uma vez que a divulgação do seu trabalho atrai a atenção de doadores e parceiros”, frisou.
Ainda segundo a vice-presidente do Grupo Liberal, a mídia deve usar sua capacidade de penetração e repercussão para desenvolver campanhas, apoiar causas, educar e conscientizar fortalecendo a sociedade civil para atuar junto ao primeiro e segundo setor na busca de soluções para os graves e permanentes problemas que assolam o País. “Não esquecendo que o grande e principal papel social é informar com responsabilidade e ética estabelecendo uma relação de confiança com seus leitores, internautas, ouvintes e telespectadores, principalmente num ambiente virtual de redes sociais onde as notícias falsas se proliferam com total irresponsabilidade”, destacou Rosângela Maiorana.
Ela também disse acreditar que o papel social do Grupo Liberal é desenvolvido desde a gestão de seu pai, o empresário Romulo Maiorana, o “Seu Romulo”, idealizador e fundador do Grupo Liberal, “quando os valores socioambientais, como valorização de seu público interno (colaboradores) da comunidade, do meio ambiente já eram propagados, respeitados e praticados por ele. Meu pai dava voz a vários grupos de pessoas e segmentos até então invisíveis na sociedade.
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