Empreendedorismo de Romulo Maiorana iniciou no comércio antes de chegar ao jornalismo

RM começou sua trajetória no comércio paraense aos 31 anos, o primeiro passo na construção do que viria a ser o maior veículo de comunicação impressa da Amazônia

Natália Mello
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Até construir o legado que deixou no ramo da comunicação paraense, foram cerca de 12 anos de atuação de Romulo Elégio Dario Severo Maiorana Chiapetta no comércio paraense. Recém-chegado a Belém, aos 31 anos, iniciou a construção de um nome forte no segmento econômico, o que garantiu a credibilidade necessária para partir para o mercado editorial, onde ficou conhecido como “seu” Romulo, alcunha atribuída a eles por muitos dos que conviveu.

Autoconsiderado “paraense de coração”, por ter escolhido Belém como cidade para viver e criar raízes, Romulo lançou um novo estilo de fazer compras na capital paraense com as primeiras lojas RM – chegaram a ter sete na cidade. Ainda distante da realidade atual, onde os shoppings abrigam um complexo de lojas das mais diversas, ele foi pioneiro em criar as vitrines com produtos, amplas e espelhadas. O diferencial? A captação desse cliente desde a calçada até o tratamento diferenciado conferido pelos atendentes contratados.

As lojas tinham estilo magazine e de departamentos, com variedade de produtos para agradar todo tipo de cliente. Além disso, as lojas tinham ainda espaço para venda de lanches, o que era algo bastante original para os padrões da época. “Ele não tinha nada e construiu um império com muito sacrifício, sem o auxílio de ninguém, porque essa é a questão, é importante, porque ele começou por baixo, com pequenas empresas e foi evoluindo, ele tinha vontade de vencer. O Romulo nasceu para vencer e venceu na vida, e só não venceu a morte. Se estivesse hoje aqui conosco talvez a cidade aqui seria outra, e o estado do Pará também”, afirmou Constantino Ferreira, amigo pessoal de Romulo.

Constantino afirma que, com a chegada ao Pará, o empreendedor revolucionou o Comércio. “Aqui era tudo atrasado. Ele montou as lojas RM Magazine e fez das lojas uma coisa espetacular. A João Alfredo foi outra coisa a partir dali. E nas lojas dele soube trabalhar muito e sem capital nesse início, né? Eu não tinha nada, era esse homem que fez tudo por ele mesmo, sem a ajuda de ninguém. E, por todas essas inovações, acabou inspirando e transformando positivamente o comércio de Belém naquele período”, declarou, o amigo.

“Para o comércio, Romulo Maiorana sempre fez muito”, destaca texto do livro Personagens do Comércio, do Sindlojas (Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém). De acordo com a publicação, suas ações “foram decisivas para que o comércio belenense oferecesse as oportunidades para que a classe emergente da cidade tivesse o poder de compra decisivo”.

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