Bancas de revistas são estratégicas para a venda de O LIBERAL
Comerciantes destacam as notícias de maior impacto divulgadas no jornal nos últimos anos
Comerciantes destacam as notícias de maior impacto divulgadas no jornal nos últimos anos
As bancas de revistas são espaços estratégicos para levar as notícias até os leitores. Sebastião Cid de Souza tem 66 anos e é dono da Banca do Cid, localizada no bairro do Marco, em Belém. Ele vende O LIBERAL há 35 anos. Durante esse período, ele citou algumas notícias de impacto.
O LIBERAL 77 ANOS
No Pará, Cid citou o Massacre de Eldorado dos Carajás, que completou 27 anos em 2023 - ocasião em que 21 camponeses foram mortos após acamparem, em forma de protesto, na 'Curva do S', trecho da BR-155 em Eldorado do Carajás, sudeste do Pará. O objetivo era marchar até a capital Belém e conseguir a desapropriação da fazenda Macaxeira, ocupada por 3,5 mil famílias sem terra.
Cid também lembra da morte dos irmãos Novelino. Os irmãos Ubiraci e Uraquitã Novelino foram sequestrados, mortos e tiveram os corpos jogados na baía do Guajará em abril de 2007. Um caso que chocou a população de Belém.
Sobre suas estratégias para atrair clientes, Sebastião Cid disse que usa as mídias sociais. “60% dos compradores são clientes habituais e os outros 40% depende muito da manchete do dia, já que expomos os jornais bem na frente da banca”, contou. Ele também falou sobre o aniversário de O LIBERAL. “Para os 77 anos desejo que o jornal ainda continue sendo impresso por muitos anos e mantendo essa qualidade que tem até hoje”.
Paulo da Silva Dias, 72 anos, é dono da Banca Cabanos, situada em Batista Campos. “Vendemos O LIBERAL desde 1994”. Ele também citou algumas notícias relevantes e com grande repercussão social no Pará, no Brasil e no mundo. A morte de Lady Di (princesa Diana - em 30 de agosto de 1997, um grupo de paparazzi acampou do lado de fora do Hotel Ritz, em Paris, na esperança de tirar fotos de Diana e do namorado Dodi Fayed, e perseguiu seu carro até o túnel Pont de l'Alma, onde o motorista perdeu o controle e bateu, causando a morte dela).
O ataque às torres gêmeas e o ataque ao Bataclã – quando 130 pessoas foram mortas, em 2015, em um ataque coordenado com armas e bombas em Paris, na França. E mais: a morte de Michael Jackson após uma parada cardíaca, em Los Angeles, nos Estados Unidos, em 25 de junho de 2009.
Paulo lembra ainda da repercussão do impeachment da presidente Dilma (2016). E, bem antes, a vitória do Paysandu na Bombonera (quando derrotou o Boca Juniors, da Argentina, dentro da temida La Bombonera por 1 a 0, gol do atacante e ídolo bicolor Iarley, em 24 de abril de 2003). Também mencionou, mais recente, o 8 de janeiro, ataque à democracia no Distrito Federal, e o desaparecimento do submarino inglês cujos ocupantes queriam ver os destroços do Titanic. A embarcação da OceanGate que transportava cinco pessoas desapareceu dia 18 de junho deste ano. Todos morreram.
Mariceli Oliveira da silva, 52 anos, e o marido Edmilson Beltrão da Silva, 59 anos - Banca Santo Antonio (Marx Vasconcelos/Especial para O Liberal)
Localizada no bairro Batista Campos, a banca Santo Antônio é um negócio de família. Mariceli Oliveira da Silva, 52 anos, e o marido, Edmilson Beltrão da Silva, 59, cuidam do empreendimento, no qual também trabalha o filho deles, Alexandre Oliveira da Silva, 26 anos. “Eu vendo jornais há quase 30 anos. Eu sou jornaleira. Mas a família do meu marido tinha outra banca, ali na Serzedelo. E, agora, temos uma banca na praça Batista Campos, há quase seis anos”, disse Mariceli.
Como uma das notícias mais impactantes, ela citou a eleição presidencial, com a vitória do agora presidente Lula. “Mexeu com todo mundo. O povo ficou dividido. Isso marcou muito”, contou. Ela também citou a guerra em Israel. “Jamais pensei que um dia, na minha existência, iria existir uma guerra assim em pleno século 21. Isso foi muito marcante também. Todo mundo parava aqui para olhar o jornal”, recordou.
Mariceli mencionou algo que considera “super legal”: o caderno que O LIBERAL tem aos domingos e que fala das coisas do Pará. “O pessoal compra muito por causa disso”, afirmou. Para manter os atuais e atrair novos clientes, ela destaca o bom atendimento ao público. “A gente conversa, é amigo. Não mantém o cliente à distância. A gente mantém eles próximos da gente. Meus clientes não são só clientes. Já tem afinidade com eles. São amigos e parceiros. Chegam aqui e conversam. Somos bem carismáticos, procuramos ser educados. Atrair o cliente de alguma forma no atendimento. Dando atenção, o que é muito importante”, disse.
Ela também parabenizou o jornal. “Que O LIBERAL continue com sua imparcialidade, falando a verdade. Que continue sendo transparente, pois é isso que a população quer”, completou.