Pioneiro do colunismo social no Pará, Pierre Beltrand fala da inovação do espaço no jornal Amazônia
Pierre recorda que resolveu criar o codinome como forma de se proteger do público
Há 22 anos, o colunismo social do jornal Amazônia vem com uma personalidade própria e com informações variadas. O colunista social Ubiratan de Aguiar, mais conhecido pelo codinome Pierre Beltrand, agrega em seu “Grand Mond”, assuntos relacionados à sociedade e de bastidores que só ele conhece.
Pierre viu o jornal Amazônia nascer e diz que, ao longo do tempo, vem construindo um espaço que além de informar, também mexe com outros sentimentos humanos. “Fazer coluna social é diferente, é um tipo de informação que remete diversos sentimentos no leitor, além da curiosidade. Eu costumo iniciar os meus textos já com o nome do personagem, pois é uma forma que eu encontrei de despertar o interesse no leitor”, destaca o jornalista.
Pierre recorda que resolveu criar o codinome como forma de se proteger do público, pois teve um tempo que soltava notas polêmicas e que resultavam até em separação de casais. “Eu divulgava traição de casais, brigas de família e entre outros assuntos polêmicos e quando os envolvidos liam, acabava dando problema, por isso criei o Pierre Beltrand”, explica o colunista.
Antes de atuar no jornal Amazônia, Pierre já fazia parte do time de colunista de O Liberal, mas com a criação do novo jornal do grupo, ele passou a ocupar o novo espaço e diz que se sente muito feliz honrado com o convite.
Sobre o momento atual do colunismo social, o jornalista enxerga várias mudanças e uma delas é no comportamento tanto do leitor como também dos personagens de sua coluna. “Antes, as pessoas gostavam de mostrar para a sociedade a quantidade de dinheiro que tinham, por isso esse espaço está relacionado a glamour. Mas hoje em dia, as pessoas já evitam divulgar notícias que mostrem o poder aquisitivo delas, hoje as pessoas estão mais contidas quanto a isso”, pontuou Pierre.
Esse ano, o colunista completa 93 anos de idade e 75 anos de jornalismo. Consigo, carrega a importância da representatividade na história da imprensa brasileira, uma vez que se trata do colunista mais antigo em atividade no país. Pierre Beltrand possui um vasto repertório de histórias vividas, apreciadas e o privilégio de transitar em grandes "rodas" graças ao jornalismo.
Pierre trouxe para Belém para fazerem apresentações na cidade Roberto Carlos, Nelson Mota, Elis Regina e entre outros artistas.
Pierre casou aos 22 anos de idade, é pai de cinco filhos, avô de oito netos e de duas bisnetas. Pierre foi um dos fundadores do Sindicato dos Jornalistas no Pará e também possui cadeira na Academia Paraense de Letras. Para ele, a representatividade é resultado da sua trajetória no jornalismo no estado. "Jornalismo é cultura e todo esse tempo venho colecionando diferentes histórias", diz.
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