Obras que preparam Belém para a COP 30 trazem beleza e desenvolvimento para a cidade

Faltando poucos meses para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), Belém vive um momento de grandes mudanças e já respira a expectativa pela beleza que começa a se revelar com as obras em andamento em toda a cidade. A capital sediará o evento em novembro e, por isso, passa por uma série de intervenções de infraestrutura e revitalização. Entre elas, está o Parque da Cidade, palco de parte dos encontros da conferência. E ainda, a reforma do mercado do Ver-o-Peso.

Com a proximidade da COP 30, a cidade passa por um novo ciclo de transformações, segundo a gestão estadual. Estão em andamento mais de 30 obras estruturantes, distribuídas entre os eixos de desenvolvimento urbano, mobilidade, saneamento e conectividade. Segundo o governador do Pará, Helder Barbalho, essas intervenções deixarão um legado para a cidade.

Para viabilizar essas intervenções, o Estado destinou um orçamento de R$ 4,5 bilhões para 2024 e 2025, com recursos do Tesouro Estadual, Itaipu Binacional, BNDES e Caixa Econômica Federal. Todas as obras foram pensadas não apenas para preparar Belém para a conferência, mas também para deixar benefícios que melhorem a qualidade de vida, com novas oportunidades para a população da capital e do estado do Pará como um todo.

Parque da Cidade já tem obras avançadas (Foto: Igor Mota / Jornal Amazônia)

Mas, para além disso, o chefe do executivo estadual destaca a importância do evento para a cidade: “A COP30 será a COP da floresta, a COP da Amazônia, a COP do Brasil. Será a oportunidade para discutirmos as mudanças climáticas a partir do maior bioma de floresta tropical do mundo. Precisamos discutir formas de fazer o melhor uso dos recursos naturais, de implantar e sustentar um modelo econômico de baixas emissões de carbono, para que, preservando a floresta e seus recursos, tragédias não se repitam”.

Uma das grandes obras é o Parque da Cidade, na avenida Júlio César - com cerca de 80% dos trabalhos concluídos. O local abriga uma área de 500 mil m² de um antigo aeroporto. O projeto devolve áreas verdes à cidade com o plantio de mais de duas mil árvores. Além de ser o espaço onde será realizada a conferência, o parque será entregue para uso da população após o evento. O projeto final do parque contempla o museu da aviação, um centro de economia criativa, boulevard gastronômico, ciclotrilha e ecotrilha.

Preservação

Ainda no Parque da Cidade, a população contará com áreas verdes preservadas, lago artificial e instalações esportivas voltadas para a promoção da qualidade de vida, lazer, cultura, arte e bem-estar. Mas também outros cantos da cidade também ganharão novos espaços. Com quase 80% das obras concluídas, o Porto Futuro II está prestes a se tornar um novo ponto turístico de Belém. O espaço, que reúne cinco galpões cedidos pela Companhia Docas do Pará (CDP), está sendo transformado em um moderno complexo de lazer, gastronomia e cultura.

O Porto Futuro II abrigará o Museu das Amazônias, um polo de bioeconomia e áreas dedicadas à valorização da cultura popular, da história amazônica e da biodiversidade do Pará. E nas proximidades do novo ponto turístico, as avenidas Visconde de Souza Franco (Nova Doca) e Tamandaré (Nova Tamandaré), localizadas em bairros históricos da capital (Reduto, Umarizal e Cidade Velha), estão sendo requalificadas. Os projetos da Nova Doca e da Nova Tamandaré incluem a implantação de rede coletora de esgoto com tratamento de resíduos, além de áreas verdes, academia ao ar livre e ciclovia. As obras valorizam a história dos rios que atravessam Belém e promovem uma integração entre passado e presente. As vias também reforçam a conexão entre importantes pontos turísticos da cidade, como o Porto Futuro II, a Estação das Docas e o Ver-o-Rio.

Mobilidade

Há também importantes avanços na mobilidade com a construção da ponte de Outeiro, a ampliação da Rua da Marinha que passará a ter seis pistas e beneficiará sete bairros de Belém, a conclusão do BRT metropolitano e a construção de 4 viadutos, dos quais um já foi entregue. No eixo do saneamento, as bacias do Una, Tucunduba, Murutucu e Tamandaré passam por obras de macrodrenagem - requalificando 13 canais e ainda beneficiando 500 mil pessoas.

Entre o pacote de obras executado pela prefeitura de Belém, estão: reforma do complexo do Ver-O-Peso, incluindo feira do Açaí, Pedra do Peixe, mercado de Carne e a feira do Ver-O-Peso; e reforma da antiga sede da Secretaria de Finanças na esquina da travessa Frutuoso Guimarães com a avenida 16 de Novembro para ser a sede do Distrito de Bioeconomia, Dentro das novidades, ainda haverá a reforma do Galpão da Concaves na avenida Bernardo Sayão e a implementação do BRT da avenida Júlio César.

O secretário municipal de infraestrutura, Euler Sizo, enfatiza que as obras facilitarão a locomoção dos participantes do evento e o acesso deles aos pontos turísticos mais emblemáticos da cidade. “E também o trabalho de cooperativas de reciclagem de resíduos sólidos, como a Concaves e os empreendedores da bioeconomia”, reforça o titular da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Seinfra).

Além dos demais espaços que estão sendo planejados, Belém já recebeu a reforma do mercado de São Brás, reinaugurado ainda em dezembro de 2024. “É importante garantir ao povo espaços de trabalho digno e modernizado. Com instalações novas, ambientes limpos. É devolver para o povo o sentimento de pertencimento da cidade e levar a sociedade a utilizar o espaço”, acrescenta o secretário.