Moradores de Belém relatam seus desejos e visões para tornar Belém uma cidade ainda mais bela

Dos pontos turísticos, às praças arborizadas e até aos rios que abraçam a cidade, Belém exibe uma beleza única, moldada pela arquitetura e, principalmente, pelo olhar de quem a vive. Mas como a “metrópole da Amazônia” pode se tornar ainda mais bela? O que falta para que sua paisagem, seus espaços e sua essência alcancem todo o potencial de encanto de quem vive na capital e cujos visitantes tanto admiram? Pelas ruas do município, moradores relatam os desejos para uma Belém ainda mais bela.

Para a dona de casa Neizer de Melo, 83 anos, a cidade é cheia de encantos. E o essencial é que esses espaços sejam resguardados. Para uma Belém mais bela, é indispensável que as gestões façam uma administração adequada. “Temos muitas coisas bonitas. Por exemplo, o Bosque Rodrigues Alves. Se ele continuasse o que ele foi de início, um museu. Temos a Praça Batista Campos. Temos o Mercado do Ver-o-Peso. O mercado de São Brás. Precisamos de governantes que continuem essas obras”, comenta.

Toda cidade não pode regredir, ela tem que progredir em todos os sentidos. Tanto faz ser urbanístico. Uma cidade mais bonita, segundo a dona de casa, também se faz com mais opções de lazer. Com relação às praças, ela também observa que é importante para embelezar a cidade, mas também como uma forma de ambiente de convivência. “As que têm que precisam ser muito bem tratadas. Pontos turísticos também ajudam [no cenário da cidade]”, observa Neizer.

Além disso, uma cidade bonita de se morar também envolve mais segurança. A dona de casa comenta que o ir e vir da população - de modo que se sinta protegida - envolve a sensação de proteção. Por isso, ela reforça a importância dos investimentos dos governos locais. “Uma casa tem o governo dos pais. Já em uma cidade, nós temos o prefeito e temos o governador. Se essas pessoas não fizerem nada, nada será feito pela cidade”.

Preservação

Uma Belém ideal, segundo Neizer, também se faz com a preservação das ilhas da região. Isso porque, às vésperas da COP 30, a capital ganha os olhos do mundo como potencial turístico. “Nós também temos a ilha do Combu, mas também precisamos de meios de transporte que ofereçam mais condições de segurança para as pessoas que vão visitá-lo. O Combu é muito bonito. É uma coisa natural. A própria natureza se incumbiu disso. Nós temos o cacau. Uma espécie de plantio muito bom”, completa ela.

Segurança

Quem também revela a necessidade de uma cidade mais segura é a cabeleireira Fátima Pantoja, de 55 anos. Segundo ela, esse é um direito de todos. “Precisamos de mais segurança. Nós não podemos ficar sentados na porta da nossa casa. Então, segurança é essencial”. “Também precisamos de mais limpeza, mais organização. As pessoas não têm educação, vemos lixo na rua”, acrescenta Fátima.

Outro ponto destacado por ela são as obras em preparação à COP 30 que têm dado uma outra cara à cidade. E até mesmo afirma que deixarão um legado após o evento. “Temos as praças que estão sendo reformadas hoje, a Doca. Agora, essa organização sobre a COP que estão fazendo está sendo muito bonita. Eu observo, que eu ando, vejo, e tá sendo muito bem organizado”.

“Com a COP, esperamos coisas boas. Esperamos que as portas de emprego se abram para muita gente e que venham surpresas por aí para a gente. E que as pessoas venham se admirar da nossa cidade”, completa.