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Influencer larga faculdade ao ser hostilizada por roupa curta: 'Me senti a Geisy Arruda'

Segundo Rafaela, o tumulto começou quando alunos descobriram que ela mantinha um perfil na plataforma Privacy

O Liberal

A modelo e influenciadora Rafaela Lima, de 22 anos, decidiu abandonar a faculdade de Administração em Curitiba, Paraná, após ser hostilizada por colegas devido ao uso de um vestido considerado "curto demais". O episódio ocorreu dentro da instituição de ensino e gerou uma grande confusão, que Rafaela compartilhou em suas redes sociais. Posteriormente, ela voltou a posar com o look que motivou as críticas, agora mais tranquila após o ocorrido.

Segundo Rafaela, o tumulto começou quando alunos descobriram que ela mantinha um perfil na plataforma Privacy, voltada para conteúdos adultos. Na época, ela utilizava o serviço de forma discreta, sem mostrar o rosto nos vídeos e fotos.

“Foi uma loucura, muita gente gritando, me xingando, pegando em mim sem a minha permissão. Fiquei em choque, os funcionários tiveram que me ajudar a sair da confusão. Fui muito julgada e senti que as pessoas queriam acabar comigo. Incrível como um vestido pode transformar as pessoas em animais. E nem era curto demais. Fui literalmente hostilizada e assediada. Me senti a Geisy Arruda”, relatou Rafaela.

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A influenciadora explicou que o conteúdo compartilhado na Privacy era reservado e não incluía material explícito. “Era uma coisa reservada, postava minhas fotos de lingerie e biquíni, não tinha nada apelativo. Mas a notícia correu, alguém descobriu isso e virou assunto na faculdade. Não dá para estudar com a sensação de que todo mundo está olhando diferente. Aconteceu o mesmo com a Geisy Arruda há mais de 10 anos, e as pessoas não evoluíram”, afirmou.

Após o incidente, Rafaela decidiu trancar o curso e não pretende voltar, nem mesmo para outra instituição. Desde então, passou a se dedicar integralmente à criação de conteúdo adulto, apostando em uma abordagem mais profissional e explícita nas plataformas digitais.

“Pensei: depois de tudo isso eu poderia sofrer ou aproveitar o momento para me lançar de vez no mundo +18 e assumir o meu trabalho. E foi o que fiz. Apostei de vez nas minhas plataformas e passei a fazer conteúdo mais explícito. Gravei com amigas, aprontei flagras e a coisa foi crescendo. Mas foi uma fase tensa, fiquei mal por dias e demorei para reagir. Hoje me sinto aliviada e mais realizada”, concluiu a modelo.

O caso reacendeu debates nas redes sociais sobre o preconceito e a exposição enfrentados por mulheres que produzem conteúdo adulto, além de destacar a permanência de padrões de julgamento moral na sociedade.

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