Explosão a banco em Ipixuna: Pará não registrava casos de 'novo cangaço' desde 2020
A ação foi classificada pela Segup como “novo cangaço” ou “vapor”; assaltos desse tipo foram recorrentes no Estado entre 2017 e 2020
A ação criminosa que explodiu uma agência bancária do Bradesco, fez reféns e causou pânico a moradores de Ipixuna do Pará, no nordeste paraense, na madrugada deste sábado (30), foi classificada pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) como “novo cangaço” ou “vapor”.
Segundo a secretaria, desde 1º de dezembro de 2020 não são registrados roubos nesta modalidade. O Sindicato dos Bancários confirma que este é o primeiro caso de assalto a banco registrado em 2022 no Pará.
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Entre 2017 e 2020, 51 assaltos semelhantes foram registrados
Esse tipo de assalto foi recorrente no interior do Estado entre os anos de 2017 e 2020. Só nesse período, foram registradas 51 ações criminosas com as mesmas características: bandidos com forte armamento atacam bancos de cidades de pequeno porte, cercam as sedes locais das Polícias Civil e Militar e fazem a população de refém.
Último caso ocorreu em dezembro de 2020
O último caso ocorreu na madrugada do dia 2 de dezembro de 2020, em Cametá, também no nordeste do Pará, quando uma quadrilha de pelo menos 10 criminosos tomou as ruas da cidade e assaltou uma agência do Banco do Brasil. A ação terminou com um refém morto pelos bandidos e uma pessoa atingida na perna.
Naquele ano, três cidades registraram assaltos na modalidade “novo cangaço”: além de Cametá, os municípios de Ipixuna do Pará e São Domingos do Capim.
Em Ipixuna, em janeiro de 2020, a ação dos bandidos aconteceu durante a madrugada, com a participação de pelo menos 18 criminosos. Duas caminhonetes foram usadas na fuga para levar 25 reféns em cima dos carros. As vítimas foram libertadas cerca de 10 km depois do local. Em fevereiro, um suspeito de integrar a quadrilha que organizou o assalto foi preso.
Já em abril, 10 pessoas foram feitas reféns no crime da mesma modalidade, em São Domingos do Capim. Pelo menos nove criminosos participaram da ação. As vítimas foram liberadas longe do local do ataque, próximo do Rio Capim.
Já no ano de 2019, os órgãos de segurança registraram 15 casos de "vapor". Em 2018, o número chegou a 19. E 2017 fechou o ano com 14 assaltos com as mesmas características.
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