Beijo grego: entenda sobre a prática e o motivo do prazer anal ainda ser tabu

Prazer anal é um assunto que  muitas pessoas ainda não se sentem a vontade para tratar abertamente. No entanto, em alguns momentos, a prática entra em discussão e ganha força, principalmente na Web. Esta semana, após o vazamento de um vídeo íntimo do ex-BBB Wagner Santiago, o ato foi um dos mais comentados e gerou várias discussões. As informações são do Metrópoles.

Nas imagens do vídeo, o ex-brother recebia um beijo grego e as imagens ganharam muita repercussão, justamente por conta do tabu que ainda existe sobre essa parte do corpo. Nas redes sociais, o que gerou polêmica foi a prática em si, mas algumas pessoas defenderam e explicaram que não há motivos para tanto espanto.

O tabu sobre anal é antigo. Segundo o terapeuta sexual André Almeida, não é de hoje que a questão é discutida: “Teóricos conservadores no século XIX começaram a estudar o sexo e classificaram como algo não saudável os comportamentos que não eram para fins reprodutivos e isso gerou preconceito com práticas que não envolvam sexo com penetração”, explica. Com o passar do tempo, o sexo anal passou a não ser bem visto. O machismo em torno do ânus está presente entre as pessoas até hoje: “Homens entendem que a interação com o ânus pode prejudicar a masculinidade de alguma forma”, esclarece.

O especialista diz que essa visão é errada pois não muda a orientação sexual de ninguém. A terapeuta Thalita Cesário também concorda: “As pessoas ainda não se permitiram experimentar práticas não-convencionais, além de serem extremamente preconceituosas. Tudo o que foge do ‘convencional’ ou que é ‘diferente’ incomoda quem não conhece ou se permitiu conhecer”, comenta. 

Para quem deseja experimentar, ela explica que a prática proporciona prazer tanto em homens como em mulheres. Também contou como funciona: “O primeiro passo é higienizar a área, depois vá devagar. Comece interagindo com a região das nádegas, dê uns beijos, passe a mão e vá chegando na região anal de acordo com o conforto dos envolvidos”, fala. E declara que as pessoas não devem deixar de experimentar devido o preconceito.

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