Iniciativas valorizam riquezas e talentos da Amazônia
Institutos ligados à Vale fazem a diferença na região ao incentivar a bioeconomia, a ciência e a cultura
Os desafios da região amazônica são complexos e exigem soluções multidisciplinares para serem superados. É preciso dar atenção à questão ambiental e ir além, com iniciativas que impulsionem também a economia, a ciência e a cultura, valorizando as riquezas, saberes e talentos da região.
A Vale, por meio de diversas iniciativas, ajuda a promover o desenvolvimento social e econômico com sustentabilidade na Amazônia. São ações como o Fundo Vale, que incentiva o empreendedorismo aliado à conservação da floresta, o Instituto Cultural Vale, que valoriza a cultura amazônica e brasileira, e o Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável (ITV DS), que investe em formação de cientistas e em geração de conhecimento para melhorar a vida das pessoas em sintonia com o meio ambiente. Com anos de trabalho, as três iniciativas já apresentam resultados perceptíveis.
Empreendedorismo sustentável
Há 15 anos, o Fundo Vale apoia iniciativas de bioeconomia na Amazônia, com o objetivo de fortalecer cadeias produtivas sustentáveis, promover a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais. Projetos que geram uma economia mais sustentável, justa e inclusiva são apoiados, contribuindo diretamente para a conservação dos ecossistemas e a recuperação de áreas.
A abordagem do Fundo envolve parcerias com organizações da sociedade civil, governos, empresas e empreendedores, no apoio a iniciativas que valorizam os saberes tradicionais e a inovação. As iniciativas incluem a recuperação de áreas por meio de sistemas agroflorestais, manejo sustentável de cadeias produtivas extrativistas, fortalecimento de negócios de impacto socioambiental, mecanismos financeiros mais adequados à realidade da região, além de agendas estruturantes para a Amazônia como conectividade, monitoramento do desmatamento e regularização fundiária.
Por meio da parceria com a AMAZ, maior aceleradora de negócios de impacto da Região Norte, o Fundo Vale já apoiou a aceleração de 33 negócios e investimentos em 18 empreendimentos. Um deles é a Da Tribu, iniciativa de moda sustentável liderada pelas empreendedoras sociais Kátia e Tainah Fagundes, mãe e filha, em Belém, capital do Pará. O negócio produz jóias e biomateriais como fios e tecidos a partir da borracha amazônica, valorizando os saberes tradicionais dos povos da floresta e colaborando diretamente com comunidades ribeirinhas.
“A gente vem caminhando nessa trajetória com a borracha amazônica e a moda sustentável, olhando para essa preservação, onde a gente entende que trazer as pessoas que vivem na floresta, na sua atuação, naquilo que eles melhor fazem, que é cuidar da floresta, para dentro do processo, é essencial. Os conhecimentos ancestrais, os saberes dos povos, estão nessas técnicas”, explica Tainah Fagundes.
• 41 mil pessoas foram impactadas, direta ou indiretamente, pelos negócios e iniciativas apoiadas pelo Fundo Vale em 2023.
• Em 15 anos de trabalho, o Fundo Vale aportou quase R$400 milhões, em 143 iniciativas, por meio de 89 parceiros.
• Mais de 340 empreendimentos de impacto foram apoiados, incluindo negócios, cooperativas e associações.
Incentivo à cultura e arte
Apostando na cultura como instrumento de transformação social, desde 2020 o Instituto Cultural Vale trabalha para democratizar o acesso à arte e ao conhecimento, incentivando as múltiplas manifestações culturais.
A instituição fomenta a economia criativa amazônica e brasileira, por meio da realização, articulação e patrocínios de iniciativas culturais, produção de exposições e outras programações culturais nas áreas de música, dança, festividades, patrimônio, oferta de formações para todos os públicos e desenvolvimento de novos agentes culturais. Desde 2020, são mais de 800 projetos patrocinados e investimentos que somam R$1,1 bilhão, via Lei Federal de Incentivo à Cultura e próprios.
A Vale também apoia iniciativas que preservam memórias amazônicas e criam oportunidades para artistas e produtores de cultura. Uma das parcerias estratégicas é o apoio à Bienal das Amazônias. Idealizado e dirigido por Lívia Conduru, o evento artístico teve a Vale como primeira patrocinadora do projeto, por meio do Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.
Lívia Conduru, mestre em artes pela Universidade Federal do Pará e atuante há quase duas décadas como produtora cultural na Amazônia, destaca o papel transformador da cultura na preservação do território. “Ao envolver artistas, ativistas e líderes locais, a Bienal das Amazônias fomenta a reflexão crítica sobre o território e as problemáticas ambientais e sociais, possibilitando que o próprio povo amazônico seja o agente de transformação. A arte, nesse contexto, se torna uma ferramenta poderosa para fortalecer a população, educar sobre a importância da preservação ambiental e promover a justiça social”, enfatiza Lívia.
• Nos últimos três anos, o ICV investiu mais de R$147 milhões na cultura do Pará.
• 833 projetos, em diferentes vertentes, foram patrocinados em todo o Brasil.
• Mais de 1.700 estudantes atendidos em formações na Casa da Cultura de Canaã dos Carajás e no Vale Música Belém em 2024.
Ciência para as pessoas e a floresta
O Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável (ITV DS) atua desde 2010 na promoção e no compartilhamento de conhecimentos sobre a biodiversidade da Amazônia. Em Belém, o Instituto desenvolve soluções tecnológicas que enfrentam os desafios e o papel das indústrias frente à conservação do meio ambiente.
Com mestrado profissional aberto à sociedade, novos cientistas são capacitados todos os anos para desenvolver soluções que respeitam o meio ambiente e valorizam a natureza para expandir o conhecimento e gerar inovação de forma sustentável. Para isso, o ITV DS conta com uma equipe multidisciplinar de pesquisadores e bolsistas, além de parcerias com instituições científicas no Brasil e no exterior.
A pesquisadora Sâmia Nunes, belenense e doutora em ciências ambientais pela Universidade de Lancaster, no Reino Unido, é uma das líderes no campo da restauração florestal e Sistemas Agroflorestais.
Professora do mestrado profissional do ITV, ela destaca a importância da ciência para enfrentar os desafios socioambientais da Amazônia, aliando conservação ambiental e desenvolvimento comunitário. “A ciência auxilia na busca de soluções para desafios socioambientais, como aliar o desenvolvimento das comunidades com a conservação da vegetação. Na Vale, trabalho com restauração de florestas, para promover o retorno da biodiversidade, conservação do meio ambiente e, ao mesmo tempo, geração de renda para as comunidades”, afirma Sâmia Nunes.
Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) são uma técnica que combina plantios agrícolas com espécies florestais. Eles despontam como uma alternativa de produção sustentável, ao promover a recuperação da vegetação e do solo enquanto geram benefícios econômicos para os agricultores. “Os SAFs são um exemplo potencial de bioeconomia, que vêm se consolidando como mola propulsora capaz de potencializar o desenvolvimento regional. A aplicação prática da ciência por meio do desenvolvimento tecnológico promove inovação de impacto, em colaboração com cientistas e não cientistas, contribuindo também com o potencial de geração de renda a partir da floresta viva e atuando como ponte para a bioeconomia na Amazônia”, reforça Sâmia Nunes.
• Mais de R$1 bilhão investidos em ações de proteção, pesquisa, desenvolvimento territorial e incentivo à cultura na Amazônia.
• Mais de R$600 milhões aplicados em pesquisa científica pelo ITV DS em 14 anos.
• 166 bolsas de pesquisa vigentes e 41 pesquisadores permanentes em 2024.