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Solidariedade ameniza sofrimento de imigrantes venezuelanos em Belém

“Pelo menos 90% dos imigrantes estão vivendo em situação insalubre”, alerta a coordenadora do movimento Venezuelanos Belém. A boa notícia é que um segundo abrigo deverá ser aberto esta semana na capital paraense

Equipe | Conexão AMZ

Solidariedade. É essa a palavra que move pelo menos 180 voluntários do grupo Venezuelanos Belém, que se reuniu há oito meses para ajudar imigrantes venezuelanos da etnia Warao, que vieram para a capital paraense para fugir das crises política e econômica na Venezuela.

Até o fim do ano passado, cerca de 400 Warao viviam em Belém paraense. Hoje, estima-se que já sejam mais de 500, em abrigos mantidos pela Prefeitura, pelo Governo do Estado e pela  sociedade civil organizada em imóveis alugados pelos próprios imigrantes, alguns em condições precárias.

“Pelo menos 90% (dos imigrantes) estão vivendo em situação insalubre. Mesmo no abrigo da Prefeitura, tem semana que falta comida e 35% das crianças estão com desnutrição gravíssima”, alerta Sofia Paz, uma das coordenadoras do grupo Venezuelanos Belém.

A organização mantém um abrigo para 34 Warao, em Ananindeua, na Região Metropolitana da capital, e deve abrir, ainda essa semana, um segundo abrigo, no centro comercial de Belém, onde se concentra a maioria dos imigrantes venezuelanos.        

“Ajudamos, principalmente, as crianças a sair do estado de desnutrição. A gente cuida da saúde e tenta tirá-los de locais insalubres ou de situação de rua”, explica Sofia. Segundo a voluntária, além do abrigo próprio, o grupo atende chamados de outros sete abrigos, inclusive o da Prefeitura de Belém.

“Levamos adultos e crianças para receberem atendimento médico ou especializado, além de alimentos para os que não têm. Recolhemos e entregamos doações, fazemos ações de educação, higiene e oficinas”, conta.

As crianças recebem uma sopa nutritiva e são atendidas em hospitais que trabalham em parceria com o grupo. Pelo menos duas crianças venezuelanas morreram em decorrência de sarampo nos últimos meses, em Belém. Em ambos os casos, o quadro clinico teria sido agravado pela desnutrição.

Necessidade

Cuidados médicos, alimentação, medicamentos, materiais de limpeza e higiene, além da oferta de oficinas e emprego, estão entre as maiores necessidades dos imigrantes. “Qualquer pessoa pode ajudar divulgando, sendo voluntário, doando alimentos, fraldas, medicamentos, roupas, arrecadando fundos para pagamento do aluguel e de reparos nas casas que servem de abrigo”, enumera a coordenadora.

Os integrantes do grupo Venezuelanos Belém fazem parte da Organização Não Governamental Corrente do Bem Belém, que existe há cinco anos e é conhecida por distribuir jantar aos moradores de rua da capital às quartas-feiras.

Como ajudar

Quem quiser apoiar ou fazer parte do trabalho pode entrar em contatos pelo Instagram @venezuelanosbelem; pelos telefones (91) 99170-2926 (Sofia) e (91) 98342-7292 (Mariani) ou doações diretas no abrigo localizado na Travessa Apinagés, 1883.

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