Roraima deixa de exportar R$ 35 milhões com fronteira fechada há uma semana
Estimativa é de auditor da Receita Federal que atua em Pacaraima (RR). Estado também não consegue importar do país vizinho calcário usado na agricultura
R$ 5 milhões por dia. É quanto Roraima deixou de exportar em itens como arroz, feijão, macarrão, óleo, sabão e estivas desde o fechamento da fronteira terrestre da Venezuela com o Brasil, na quinta-feira da última semana (21). O cálculo é de um auditor da Receita Federal que atua no posto de fiscalização de Pacaraima (RR).
Em entrevista ao g1, Alysson de Oliveira Rocha explicou a lógica para chegar a essa cifra: cada carreta transporta 30 toneladas. Se, diariamente, 50 carretas deixam de cruzar a fronteira, significa que 1.500 toneladas de insumos não ingressam na Venezuela. Multiplicando esse número por R$ 100 mil, chega-se aos R$ 5 milhões diários que o Brasil perde por não vender os produtos ao país vizinho.
Importações também afetadas
Além do prejuízo por não poder exportar, Roraima também enfrenta outro problema com o bloqueio da fronteira: não consegue importar calcário, usado na agricultura e principal produto comprado da Venezuela.
Para tentar resolver o impasse comercial, o governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), reuniu com o governador do estado venezuelano de Bolívar, Justo Noguera Pietri, aliado de Nicolás Maduro. No encontro, realizado na última quarta-feira (27), no primeiro posto de fiscalização venezuelano depois da fronteira, Denarium pediu que o tráfego de caminhões com carga entre os dois países fosse liberado.
Após o diálogo entre os dois governadores, um grupo de 27 caminhoneiros brasileiros, que havia deixado produtos na Venezuela e ficou retido no país, pôde retornar ao Brasil.
Negociações diplomáticas avançam
Na última quinta-feira (28), o fechamento da fronteira terrestre da Venezuela com o Brasil completou sete dias. O bloqueio, ordenado pelo presidente Nicolás Maduro, é realizado pela Guarda Nacional Bolivariana.
Até domingo (24), somente ambulâncias podiam cruzar os dois países. Após negociações do governo brasileiro, turistas e pessoas operadas na Venezuela começaram a voltar para o Brasil.
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