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Região Norte registra menor desigualdade salarial entre homens e mulheres

É o que revelam dados do IBGE. Nesta quarta-feira (13), Senado aprovou projeto que prevê multa para empregador que pagar remuneração diferente por conta de sexo, idade, cor e situação familiar

Rodrigo Vieira | Conexão AMZ

Nesta quarta-feira (13), o Senado Federal aprovou uma proposta que prevê multa ao empregador que pagar salários diferentes a homens e mulheres que exerçam as mesmas funções.

Pelo texto, de autoria do senador Fernando Bezerra (MDB-PE), a empresa que descumprir a lei será multada em valor correspondente ao dobro da diferença salarial encontrada. O cálculo total levará em consideração cada mês em que ocorreu o pagamento desigual. O valor será repassado à vítima de discriminação.

O texto também prevê multa para o empregador que, além do sexo, considerar a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão na organização.

A proposta, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), seguirá, agora, para a análise da Câmara. Se aprovada pelos deputados, precisará ainda ser sancionada pelo presidente da República para virar lei.

Aqui, elas perdem menos

Apesar de ter os rendimentos médios mais baixos do País, a região Norte registra a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres entre as cinco regiões brasileiras. É o que apontam os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em abril do ano passado.

Em 2017, o salário médio das mulheres, no Brasil, foi apenas 77,5% do pago aos homens. Enquanto eles ganharam R$ 2.410, elas, ocupando o mesmo cargo ou função, receberam R$ 1.868.

Já na região Norte, o salário médio da mulher, em 2017, correspondia a 87,9% da remuneração do homem. Considerando que naquele ano o rendimento médio para eles foi de R$ 1.541, as mulheres nortistas receberam por volta de R$ 1.354.

Por outro lado, a maior disparidade salarial por conta do gênero se deu na região Sudeste. Lá, as mulheres chegaram a ganhar, em 2017, apenas 73,1% do que foi pago aos homens.

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