PT vai às urnas para escolher dirigentes
Partido com maior número de filiados no Pará vai fazer eleição direita para escolha dos diretórios municipais e estadual. Mas de 90 mil filiados estão aptos a votar
Faltando ainda 14 meses para as eleições do ano que vem, quando serão escolhidos prefeitos e vereadores dos 5.570 municípios brasileiros, o clima interno no Partido dos Trabalhadores (PT) já é de disputa eleitoral.
Por enquanto, contudo, a campanha é para a escolha dos nomes que vão comandar a legenda pelos próximos quatro anos, o que, na prática, significa que serão os responsáveis pelos rumos da legenda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dois embates importantes: as eleições do ano que vem e a disputa à Presidência da República em 2022.
O PT tem um processo de escolha de dirigentes complexo. Os diretórios municipais são definidos por meio de eleição direita. Ou seja, todos os filiados podem votar. No Pará, são 91.639 petistas de carteirinha, sendo 18,4 mil só em Belém. Três nomes disputam a presidência do diretório petista na capital paraense: o professor Leirson Azevedo e os ex-vereadores Ubiraci Rodrigues e Paulo Gaya. A eleição está marcada para 8 de setembro e o prazo para inscrição das chapas já encerrou.
Também no dia 8 de setembro serão escolhidos os delegados que votarão nos congressos estaduais e no grande encontro nacional da legenda. Esses delegados escolherão os presidentes do PT nos Estados e também a direção nacional. A eleição estadual será em outubro e os registros das candidaturas vão até 21 de agosto. A escolha da direção nacional será em novembro e a atual presidente do partido, a senadora Gleisi Hoffmann é, por enquanto favorita à reeleição. “O desafio principal da nova direção é a manutenção de direitos e da democracia e preparar o partido para o processo eleitoral do ano que vem”, diz o atual presidente estadual do PT, João Batista Silva. Na pauta dos próximos dirigentes também está a defesa da liberdade do ex-presidente Lula, preso desde abril do ano passado.