Saiba como a cidade famosa por ser a mais violenta do mundo venceu a criminalidade
O nosso editor Rodrigo Vieira conheceu Medellín, cidade que já foi considerada a mais violenta do mundo, mas que reverteu esse triste com quadro investindo em cultura, lazer e mobilidade urbana. #Ficaadica, Belém.
Não é fácil nem barato. Mas, dá pra fazer e, a médio e longo prazos, colher os benefícios de se ter uma cidade mais segura e com mais qualidade de vida para a população. Para isso, é preciso elencar prioridades e investir em áreas-chave. Medellín virou o jogo ao escolher melhorar a mobilidade urbana, ampliar a oferta de áreas públicas e gratuitas de lazer, proporcionar mais conectividade (muitos parques e praças oferecem Wi-Fi gratuito) e fomentar a cultura e a inovação.
E olha que coincidência! Medellín tem um bairro chamado... Belén. Antes perigoso, como muitos da cidade, agora se tornou um lugar que atrai jovens e pequenas famílias de classe média por conta dos alugueis mais baratos e da segurança.
Comuna 13
Um dos pontos mais emblemáticos da renovação pela qual Medellín passou é, sem duvida, a Comuna 13, a maior das favelas de lá. No passado conhecida pela forte presença do narcotráfico, hoje a Comuna 13 recebe turistas de várias partes do mundo para fazer o Graffitour e conferir de perto o sistema de mobilidade urbana que virou caso de sucesso internacional: o metrocable, teleférico de 2km de extensão que é integrado à rede de metrô suspenso de Medellín. Soma-se aos dois as escadas rolantes que levam os moradores e visitantes até o topo do morro, que passou a contar com uma série de projetos que une música e arte. Todos comandados pela própria comunidade e estimulados pelas instituições governamentais locais.
Cidadania. Talvez, essa seja a palavra que melhor defina porquê a revitalização de Medellin deu tão certo. Afinal, onde as pessoas se sentem como cidadãos de verdade, tendo acesso a serviços elementares e que são dever do poder público, a paz social assume a dianteira.
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