A Ditadura e a ironia de Bolsonaro
A ironia disparada por Bolsonaro em relação à morte do pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, que desapareceu durante a ditadura militar, atingiu muitos brasileiros que viveram dias sombrios no Brasil. Alguns deles no Pará, onde filhos e filhas de guerrilheiros da Guerrilha do Araguaia foram sequestrados durante a ditadura militar.
Você está entre os que ficam chocados ou ainda consegue achar graça da verborragia do presidente da República? Frases polêmicas, cutucadas nos adversários e ironias são disparadas com frequência pela metralhadora de Bolsonaro.
Uma das últimas foi ironizar a morte do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que desapareceu durante a ditadura militar. O ataque atingiu a dor de muitos brasileiros que sofreram em dias sombrios no Brasil. Entre eles, familiares de bebês, crianças e adolescentes sequestrados durante a ditadura militar no país e entregues ilegalmente para adoção. A maioria, filhos e filhas de guerrilheiros da Guerrilha do Araguaia, aqui no Pará.
A Conexão AMZ conversou com o jornalista Eduardo Reina, autor do livro "Cativeiro sem fim", um relato emocionante de filhos de opositores do regime ditatorial que se instalou no Brasil entre 1964 e 1985, e que foram sequestrados e entregues ilegalmente para adoção. “Todos os casos são chocantes. Desde aqueles que foram envolvidos por engano e acabaram sequestrados no lugar dos verdadeiros filhos de guerrilheiros no Araguaia, até o caso dos índios xavantes, levados do Mato Grosso em 1966. Passando pela apropriação de um menina por uma família de militares, no Rio de Janeiro, que foi maltratada quando criança e só descobriu a situação em que estava envolvida em 2013, após uma briga de família”, disse o escritor em entrevista concedida em maio deste ano.
Leia a entrevista completa.
Bebês sequestrados pela ditadura: maioria dos casos foi no Pará
#Memorial
Aqui na #AMZ, também te apresentamos o Memorial da Resistência, na antiga sede do Dops, na capital paulista. No local, o espaço que foi palco de torturas e horrores deu lugar à reflexão e à esperança. A missão é clara: lançar um olhar sobre democracia, cidadania e direitos humanos pra que essa parte condenável da história – a ditadura – jamais se repita.
Dá o play no vídeo e acompanha a reportagem produzida pelo jornalista Rodrigo Vieira.
Clicando no link, você também pode ler a reportagem completa.
A tortura e o horror precisam dar lugar à reflexão e à esperança
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