A arte de sacudir a poeira e dar a volta por cima
Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal criminalizar a homofobia, apresentamos, orgulhosamente, um papo franco, emocionante e divertido com Leona Vingativa. Exemplo de superação, ela também é retrato vivo de como é difícil vencer o preconceito e a violência impostos a quem ousa romper padrões.
Ela estava com apenas 9 anos de idade quando os primeiros vídeos, gravados em um celular baratinho, começaram a ser compartilhados no terreno fértil das personagens inusitadas que é a Internet. A espontaneidade da menina aprisionada em corpo de menino fazia rir, mas, também, adquiria áreas de tragicomédia. No bairro do Jurunas, em Belém, o destino de Leona apontava para o de muitos jovens gays, nascidos na periferia das grandes cidades, expostos à pobreza e ao mais cruel dos males: o preconceito.
Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal criminalizar a homofobia, apresentamos, orgulhosamente, um papo franco, emocionante e divertido com Leona Vingativa. Exemplo de superação, ela também é retrato vivo de como é difícil vencer o preconceito e a violência impostos a quem ousa romper padrões.
Mas, driblar as quedas, sacudir poeira e dar a volta no destino parece ser a vocação natural de Leona. Expulsa de casa, foi obrigada a se prostituir para sobreviver e chegou a ser presa por furto. Porém, conseguiu se reerguer, usando a seu favor o que tanto a fez sofrer. A irreverência, os gestos exagerados de quem não está no mundo para passar despercebida e a naturalidade de quem cresceu com uma câmera nas mãos a levaram de volta aos palcos de Belém e, aos poucos, começa a chamar a atenção do Brasil e do exterior.
Na semana passada, Leona se apresentou no Sesc Vila Mariana, espaço disputado por artistas em São Paulo. E foi em uma suíte de hotel, na capital paulista, que a artista encontrou nosso jornalista Rodrigo Vieira para um bate-papo emocionante e divertido, cheio de surpresas, assim como tem sido a própria vida de Leona.
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