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Cientista de dados recebe em média R$ 7 mil e pode trabalhar de casa

Carreira está em expansão desde a pandemia. Veja onde se qualificar para o cargo no Pará.

Gabriel da Mota

Dentre as profissões que integram a área de Tecnologia da Informação (TI), a de cientista de dados é uma das mais promissoras atualmente. Esse profissional é especializado em analisar e interpretar um grande volume de dados para identificar tendências, padrões e ideias que podem orientar decisões estratégicas na resolução de problemas, em vários tipos de negócio. O cientista de dados Rodrigo Garcês, 28, trabalha há um ano e meio em uma instituição bancária no Pará e explica a diferença desta para outras profissões de TI, como funciona o mercado local e quais são as perspectivas para o futuro da carreira.

"A Ciência de Dados é multidisciplinar", destaca Rodrigo, que explica: ao contrário de um engenheiro de dados, que foca no armazenamento e estrutura dos dados; e do arquiteto de dados, que garante a integridade e acessibilidade das informações; o cientista de dados precisa combinar conhecimentos estatísticos com um entendimento profundo do negócio em que está atuando. "O cientista de dados não apenas extrai dados, ele precisa entender de onde eles vieram e como processá-los, para fornecer insights valiosos para a empresa", afirma.

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O cientista de dados conta que escolheu a carreira por ser uma área muito desafiadora e dinâmica: “A cada nova demanda, somos estimulados a aprender algo novo e a dialogar com diferentes áreas do negócio”. Garcês enfatiza que a capacidade de se adaptar e adquirir novos conhecimentos constantemente é fundamental na profissão.

Sobre a formação necessária, embora ainda não existam graduações presenciais em Ciência de Dados em Belém, é possível seguir a carreira fazendo bacharelado em Ciência da Computação ou Análise de Sistemas, complementado por especializações, mestrados ou cursos online. "Não é obrigatório, mas é desejável ter certificações e conhecimento técnico aplicado. O tempo para especializações varia de um a dois anos, enquanto cursos online podem ser concluídos em seis meses a um ano, dependendo da disponibilidade e afinidade com a área", explica.

Mercado local

Segundo o profissional, o mercado para cientistas de dados está em plena expansão no país. "Principalmente após a pandemia, muitas empresas perceberam a necessidade de digitalização e a importância de uma presença digital estratégica”. Em Belém, o mercado ainda é “tímido”, mas há muitas oportunidades, principalmente para quem pode trabalhar remotamente.

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Oportunidades de qualificação profissional vão do nível mais básico até o avançado

A remuneração média de um cientista de dados no Brasil é de, aproximadamente, R$ 7.300 — variando de R$ 4.000 para um profissional júnior a R$ 13.000 para níveis mais seniores —, com diversas áreas de atuação para esses profissionais. Empresas com forte presença digital, como bancos, lojas online, delivery, e mobilidade urbana, são alguns dos setores que mais têm contratado cientistas de dados para otimizar processos e melhorar a relação com os clientes.

A gestora de Recursos Humanos e consultora de carreiras, Márcia Bentes, recomenda que os interessados em conquistar uma vaga nesse mercado conheçam profundamente o assunto cujas informações deverão ser interpretadas. “Esse profissional é importante pela análise que ele pode fazer em cima dos dados de uma empresa. Por isso, é preciso ser especialista no assunto, ter bastante conhecimento e experiência”, recomenda. 

Para Rodrigo, o futuro da profissão em Belém é positivo. "Acredito que há uma perspectiva muito boa para a carreira, principalmente pela alta demanda e a falta de profissionais qualificados. As empresas estão percebendo o valor que a ciência de dados pode agregar ao negócio”, analisa. O cientista de dados também incentiva os interessados na área a investirem em estudos e a aproveitarem os recursos disponíveis de maneira online. "Existem muitos cursos de excelente qualidade no YouTube, alguns gratuitos, que podem dar um norte para quem quer começar na área", finaliza.

Veja três opções de qualificação para cientistas de dados

  1. BACHARELADOS – Algumas opções tradicionais de graduação na área de TI são ofertadas presencialmente no Pará: na Universidade Federal do Pará (UFPA), existem os cursos de Ciência da Computação (em Belém) e de Sistemas de Informação (em Belém, Cametá e Castanhal). Na Universidade do Estado do Pará (UEPA), a opção é o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, disponível em Castanhal e Redenção.
  2. TECNÓLOGOS – Para se graduar especificamente em Ciência de Dados, há cursos tecnólogos ofertados por instituições de ensino nacionais na modalidade à distância (EaD), com duração média de quatro a cinco semestres.
  3. CURSOS ONLINE – No YouTube, é possível encontrar playlists com cursos básicos de Ciência de Dados, que podem ser acessados gratuitamente. 
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