Reunião de Lula, Macron e líderes da situação e oposição venezuelana costura fim das sanções

Há diversos requisitos para que embargos sejam retirados, incluindo eleições com com acompanhamento de missões de observadores internacionais

O Liberal
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Nesta terça-feira, foi divulgado um comunicado sobre a reunião de segunda-feira (17), em Bruxelas, entre Delcy Rodríguez, vice-presidente da Venezuela, e Gerardo Blyde, um dos líderes da oposição no país. A mediação desse encontro foi feita pelos presidentes Lula, Emmanuel Macron (França), Gustavo Petro (Colômbia) e Alberto Fernández (Argentina).

No comunicado, os presidentes dos respectivos países fizeram os seguintes pedidos:

A realização de eleições presidenciais livres na Venezuela em 2024, com acompanhamento de missões de observadores internacionais.

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O levantamento das sanções impostas à Venezuela caso o país organize eleições livres e justas.

Uma versão anterior do comunicado foi vetada pelos representantes da Venezuela, que consideraram o texto favorável demais à oposição, conforme fontes que acompanharam a redação e preferiram permanecer anônimas.

Os líderes latino-americanos e Macron estavam em Bruxelas para participar de uma reunião entre os países da União Europeia e da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Eleições presidenciais na Venezuela serão em 2024

Delcy Rodríguez, vice-presidente da Venezuela, desempenha um papel importante no regime chavista.

A Venezuela está se preparando para as eleições do próximo ano, porém há divergências entre o governo e a oposição.

A oposição venezuelana alega que as condições para as eleições são antidemocráticas e que vários de seus principais candidatos foram impedidos pelo governo de ocupar cargos públicos, como no caso da ex-deputada Maria Corina Machado.

Europeus mandaram missão em 2021

Em 2021, a União Europeia enviou uma missão de observadores para acompanhar as eleições regionais na Venezuela. Na ocasião, os europeus afirmaram que as condições eleitorais no país haviam melhorado em relação às votações anteriores, mas que a Venezuela ainda não possuía um Poder Judiciário independente.

No entanto, deputados aliados ao presidente Nicolás Maduro recentemente afirmaram que o governo venezuelano não permitirá a presença de observadores da União Europeia no país durante as eleições presidenciais do próximo ano.

Prévias da oposição para chegar unificada

A oposição política na Venezuela está organizando suas próprias prévias para chegar unificada ao próximo ano.

As inscrições para essas prévias foram encerradas em 24 de junho, e 14 pré-candidatos irão participar. A votação está programada para o dia 22 de outubro.

Três dos pré-candidatos que participarão dessas prévias já estão proibidos de ocupar cargos públicos. São eles: Maria Corina Machado, Henrique Capriles e Freddy Superlano (que se inscreveu em substituição a Juan Guaidó quando este fugiu para os Estados Unidos).

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