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Preso acusado de mandar matar Marielle, Brazão se defende na Câmara; veja o que ele disse

Parlamentar responde a processo que pede cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Câmara

O Liberal
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Apontado por investigadores da Polícia Federal como dos supostos mandantes do assassinado da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido) falou, nesta quarta-feira (24), ao Conselho de Ética da Câmara, que analisa processo que pode levar à cassação de seu mandato. Em seu discurso, ele negou as acusações, disse que provará sua inocência, mas que compreende o "momento" enfrentado pelos deputados membros do conselho, "com uma grande mídia forçando em cima". 

O parlamentar está preso desde o dia 24 de março, por causa do crime que vitimou Marielle e motorista dela, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. Para a Polícia, Chiquinho e o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, foram os mandantes do assassinato. O crime teria sido motivado por uma disputa em torno da regularização de territórios no Rio de Janeiro, ainda segundo os investigadores, já que Marielle se opunha ao grupo que, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, queria regularizar terras para usá-las com fins comerciais. Ela defendia o uso terras para fins sociais, de moradia popular,

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"O que posso falar em minha defesa é que sou inocente e que vou provar, né? E sei que não há muito o que dizer, porque, pela grande relevância desse crime, sei como a Câmara está nesse momento, está se passando, com todos os deputados que aí estão", declarou Chiquinho Brazão aos membros do Conselho de Ética. "Mas, ao final de tudo isso, eu provando – e provarei a minha inocência –, que pudessem, aqueles que já ouvi em outros momentos, se retratar futuramente em relação à minha família", acrescentou o parlamentar.

"Meus filhos, meus netos, meus irmãos, todos, com certeza, estão sofrendo muito devido à opinião popular. E a palavra de um deputado, o alcance é muito grande. Vou me resumir a dizer para vocês que sou inocente e provarei a minha inocência. E que compreendo o momento que vocês estão passando, com uma grande mídia forçando em cima", continuou.

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A abertura de processo contra deputado no Conselho de Ética por suposta quebra de decoro parlamentar foi solicitada pelo PSOL, partido pelo qual Marielle foi eleita vereadora no Rio. Para a sigla, é necessário que Brazão perca o mandato para evitar que ele use o cargo para atrapalhar investigações. 

Desde que o caso Brazão começou a tramitar, sete nomes de possíveis relatores já foram sorteados. Bruno Ganem (PODE-SP), Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Gabriel Mota (Republicanos-RR) recusaram a relatoria. Em novo sorteio, saíram os nomes de Jack Rocha (PT-ES), Rosângela Reis (PL-MG) e Joseildo Ramos (PT-BA), mas Rosângela também recusou. Nesta quarta, ela foi substituída na lista por Jorge Solla (PT-BA). O nome do relator de fato será escolhido pelo presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Jr (União-BA).

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