Gaeco cumpre mandados em operação que investiga corrupção na prefeitura de Tucuruí

A operação ‘Magnus Locus’ tem o objetivo de investigar condutas ilícitas de uma organização criminosa cujo líderes são membros da gestão municipal de Alexandre Siqueira (MDB), atual prefeito do município.

Igor Wilson

O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estado do Pará (GAECO/MPPA) cumpriu nove mandados de busca e apreensão na segunda-feira (17), durante uma operação que investiga crimes de corrupção passiva, fraude em licitações e falsidade ideológica cometidos por membros da prefeitura de Tucuruí, no Sudeste paraense.

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A operação ‘Magnus Locus’ decorre de ordem da Procuradoria-Geral de Justiça e fundamenta-se em procedimento investigatório criminal instaurado com o objetivo de investigar condutas ilícitas consistentes de uma organização criminosa cujo líderes são membros da gestão municipal atual de Alexandre Siqueira (MDB).

Os mandados de busca e apreensão foram cumprido no prédio da Prefeitura Municipal, bem como em endereços residenciais e em sedes de pessoas jurídicas, proprietários de empresas que mantinham contratos com a prefeitura. A Justiça determinou, ainda, a suspensão de todos os contratos firmados nos anos de 2021 e 2022, assinados pela Prefeitura Municipal de Tucuruí com as empresas envolvidas no esquema fraudulento, bem como a suspensão dos pagamentos que seriam realizados no âmbito desses contratos, cuja soma alcança o valor de mais de R$ 40 milhões.

Entre as pistas citadas pelo Ministério Público no decorrer das investigações, está uma empresas que aumentou seu capital de R$ 50.000,00 mil para R$ 4.700.000,00 (quatro milhões e setecentos mil reais) num período de 15 dias após assinatura de contrato com a prefeitura local. Poucos dias depois, a mesma empresa ganhou um contrato com dispensa de licitação de mais de R$ 4.500.000,00 (quatro milhões e quinhentos mil reais) e outro de mais de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) também com dispensa. A mesmo empresa ainda ganhou um pregão eletrônico de 27.000.000,00 (vinte e sete milhões de reais) para operacionalizar transportes em Tucuruí, o que intrigou os membros da investigação.

Foram apreendidas durante a operação mais de 20 (vinte) pastas contendo documentos dos procedimentos de dispensa de licitação dos contratos e dos pregões eletrônicos investigados, além da quantia de aproximadamente R$ 218.000,00 (duzentos e dezoito mil reais) em cheques e R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais) em dinheiro, telefones celulares, um cofre e documentos comprobatórios de propriedade de empresa investigada.

A prefeitura de Tucuruí foi procurada pelo Grupo Liberal para se posicionar sobre as acusações, mas preferiu não se manifestar até o fechamento da reportagem.

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