Cúpula da Amazônia: Nações lançam documento ‘Unidos por nossas Florestas’

Países pan-amazônicos e outras nações em desenvolvimento cobram cumprimento de acordos de financiamento climático

Fabrício Queiroz
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Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Indonésia, Peru, República Democrática do Congo, República do Congo, São Vicente e Granadinas, Suriname e Venezuela, que estiveram reunidos em Belém durante a Cúpula da Amazônia lançaram um documento conjunto em defesa das áreas florestais.

A manifestação intitulada “Unidos por nossas Florestas” se baseia em dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, que trata do impacto sentido nos biomas do mundo e do papel que mulheres, jovens e povos e comunidades tradicionais tem para a sua conservação.

Reiteramos nosso compromisso com a preservação das florestas, a redução das causas do desmatamento e da degradação florestal, a conservação e valoração da biodiversidade e a busca por uma transição ecológica justa”, diz o acordo.

Em outro ponto, o documento faz uma série de cobranças direcionadas aos países desenvolvidos que não estariam cumprindo com sua missão no financiamento climático, que deveria ser da ordem de US$ 100 bilhões por ano, além do equivalente a 0,7% de seus produtos internos brutos para o financiamento do desenvolvimento.

“Conclamamos os países desenvolvidos a cumprirem suas obrigações de financiamento climático; e a contribuir para a mobilização de US$ 200 bilhões por ano, até 2030, previstos pelo Marco Global para a Biodiversidade de Kunming-Montreal para a implementação dos planos de ação e estratégias nacionais de biodiversidade, por meio da provisão de recursos financeiros novos, adicionais, previsíveis e adequados”.

Ao final, os países signatários dizem que defenderão posição baseada na solidariedade e na cooperação na COP 28, que ocorrerá em novembro nos Emirados Árabes Unidos. “Conclamamos também os demais países em desenvolvimento detentores de parcela significativa da biodiversidade global a lutar para que nossos países tenham maior influência sobre a gestão de recursos destinados à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade”, ressalta o documento.

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