Carla Zambelli é intimada pelo STF na Câmara por porte ilegal de arma e constrangimento

Deputada disse ter achado estranha a coincidência da convocação ter ocorrido um dia depois da tentativa de protocolar um pedido de afastamento do presidente Lula

O Liberal
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O Supremo Tribunal Federal (STF) intimou na quarta-feira (21) a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a prestar esclarecimentos sobre acusações de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento. A intimação ocorreu dentro do plenário da Câmara dos Deputados. Este caso remonta a 2022, quando Zambelli foi flagrada empunhando uma pistola enquanto perseguia um homem às vésperas do segundo turno das eleições. Agora, a parlamentar tem um prazo de dez dias para apresentar sua defesa.

Em suas redes sociais, Zambelli classificou a intimação como um "presentinho do STF" e levantou questões sobre a coincidência de ter recebido o documento logo após anunciar um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Este pedido foi articulado em resposta a uma declaração de Lula comparando as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto.

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Zambelli relatou que o oficial de Justiça tentou entregar a intimação em duas ocasiões anteriores, tanto em sua residência quanto em seu gabinete na Câmara, porém ela não estava disponível.

"Achei estranho a insistência em me intimar naquele dia, primeiro em casa e depois na Câmara. Fui eu quem pediu para ela entrar no plenário, pois a encontrei na porta. Contudo, achei suspeito o fato de continuarem tentando me entregar a intimação, especialmente um dia após o pedido de impeachment", afirmou a deputada.

Em agosto de 2023, Carla Zambelli se tornou ré após ser flagrada em vídeo perseguindo o jornalista Luan Araújo com uma arma em punho, incidente ocorrido em outubro de 2022 nos Jardins, em São Paulo. A denúncia foi feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em janeiro de 2023.

A PGR solicita a condenação de Zambelli, uma indenização de R$ 100 mil por danos morais coletivos e a revogação definitiva de seu porte de arma. A votação pela abertura da ação na Corte foi de nove a dois, com o ministro Gilmar Mendes atuando como relator. O caso está sob segredo de justiça.

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