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PF tenta contato com operadoras dos celulares para identificar corpos encontrados em barco no Pará

O objetivo é extrair dados dos aparelhos que ajudem na identificação das vítimas. Contudo, a polícia encontra dificuldades devido ao estado de oxidação em que os celulares foram encontrados

O Liberal

Os 27 celulares que estavam dentro da embarcação encontrada com corpos na região do Salgado paraense ainda estão sob análise do Instituto Nacional de Criminalística (INC), da Polícia Federal, em Brasília, e poderão indicar quem estava na embarcação. Devido à suspeita de que as vítimas sejam africanas, a PF fará contato com as operadoras daquele continente na tentativa de identificar quem eram os donos dos aparelhos.

Segundo o diretor do INC, Carlos Alberto Palhares, em posse dos aparelhos, sobretudo dos chips, o objetivo é extrair dados telefônicos que ajudem na identificação das vítimas. Contudo, a polícia encontra dificuldades devido ao estado de oxidação em que os celulares foram encontrados.

Com isso, Palhares admitiu que existe uma baixa expectativa de êxito da PF em relação à extração desses dados. A informação foi repassada à imprensa na manhã desta quinta-feira (25), durante a inumação dos corpos das vítimas, realizada no Cemitério São Jorge, no bairro da Marambaia, em Belém.

“Encontramos documentos, celulares... os celulares vão trazer indicação de onde operaram. A gente vai entrar em contato com operadoras dos países da África e vai saber que o celular estava habilitado em determinado país. Possivelmente, a gente vai saber quem era o dono daquele celular. Se a gente extrair os dados do celular com êxito, e a probabilidade é de que​ não consigamos, porque os celulares ficaram dois meses com água do mar, que oxida dispositivos eletrônicos. A gente tem uma expectativa baixa de extrair dados, mas tentaremos”, assegurou o diretor do Instituto Nacional de Criminalística (INC), da Polícia Federal, Carlos Alberto Palhares.

Ainda de acordo com Palhares, a PF pretende chegar também ao georreferenciamento “para a gente saber de onde o celular saiu e onde parou de funcionar”.

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