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Identificação de corpos encontrados em barco no Pará ainda não é possível, diz PF

Enterro das vítimas foi realizado na manhã desta quinta-feira (25), no cemitério São Jorge, no bairro da Marambaia, em Belém

O Liberal
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O diretor do Instituto Nacional de Criminalística (INC), da Polícia Federal, Carlos Palhares, disse que a identificação dos nove corpos encontrados numa embarcação à deriva na região do Salgado paraense ainda não é possível. Ele classificou as mortes como um desastre e disse que existe baixa probabilidade de entregar os corpos aos familiares por conta dessa dificuldade de identificação. Também garantiu que os sepultamentos foram realizados da forma mais digna possível.

Os comentários foram feitos na manhã desta quinta-feira (25), durante a cerimônia de sepultamento das vítimas, realizada no cemitério São Jorge, no bairro da Marambaia, em Belém. “Tudo foi feito de forma segura e seguindo procedimentos e protocolos internacionais, em respeito também às pessoas e as famílias, d​ando um tratamento humanitário, visando identificar essas pessoas que morreram e poder devolvê-las aos seus familiares”, disse.

Ainda conforme o diretor, o evento registrado em Bragança foi classificado como um desastre, devido ter ocasionado muitas mortes, fazendo com que as equipes deslocadas de Brasília atuarem de “forma segura e seguindo procedimentos e protocolos internacionais, em respeito também às pessoas e as famílias, dando um tratamento humanitário, com o objetivo de identificar essas pessoas que morreram e poder devolvê-las aos seus familiares”.

Tratamento digno aos corpos

Carlos Palhares destacou durante a cerimônia que o principal objetivo das equipes que atuaram na identificação dos corpos foi tratá-los com o máximo da dignidade que a vida humana merece, independente das origens, que nas investigações constatou-se que os corpos encontrados na embarcação seriam de origem africana.

“Isso é o mínimo que nós poderíamos fazer por essas pessoas, o tratamento digno é algo inerente à natureza humana, independente de quem seja. E nesse caso, pelo tipo de morte que essas pessoas tiveram, um sofrimento, nós entendemos que a melhor forma de encerrar esse primeiro ciclo é prestando essa homenagem às vítimas, aos familiares, que não sabem quem ainda são as pessoas. E a gente também queria deixar um exemplo de que devemos tratar com dignidade os corpos. Os corpos precisam de dignidade e as pessoas que precisam agora do nosso trabalho aqui no Brasil são aquelas que estão lá na África procurando pelos seus familiares”, enfatizou o diretor.

Baixa probabilidade de devolver os corpos aos familiares

Durante a cerimônia, Carlos afirmou que o processo de identificação dos corpos vai continuar, mesmo com eles sendo enterrados nesta quinta-feira. Porém, ele reconhece que esse trabalho pode não ter grandes êxitos, principalmente em repatriar os corpos para seus países de origem.

“O procedimento de identificação continua. A gente está trabalhando para contactar os familiares, temos agências internacionais de suporte humanitário que estão nos apoiando. No contato com esses familiares, mas numa visão realista, é muito pouco provável que mesmo fazendo a identificação dessas vítimas, a gente consiga ter todos os corpos repatriados. Só daquele local, para o tempo afro-ocidental, para a Europa, são milhares de pessoas desaparecidas, que saem em barcos que não chegam a lugar nenhum. Então, diante da baixa probabilidade que a gente consiga entregar os corpos para os familiares, nós entendemos, e seguindo protocolos internacionais, que a melhor forma de lidar com os corpos nesse momento, o trabalho contigo, mas a melhor forma seria dar um enterro digno para essas pessoas”, concluiu o diretor do INC.

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