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Museu Goeldi integra rede internacional de pesquisas sobre Amazônia

A Rede Amazônica de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade reúne instituições do Brasil, Colômbia, Equador e Peru

Eduardo Rocha

O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém, é uma das instituições de quatro países que integram a Rede Amazônica de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade, iniciativa científica que tem como objetivo promover o intercâmbio de conhecimento e impulsionar soluções inovadoras para a conservação e uso sustentável da biodiversidade amazônica. “Essa rede vem coroar esforços de longa data, de integração entre as instituições de pesquisa mais importantes da Amazônia”, aponta Marlúcia Martins, pesquisadora de Zoologia e coordenadora substituta de Pesquisa e Pós-Graduação, no MPEG.

Instrumento com foco no desenvolvimento científico tecnológico e de inovações, que permitam a sustentabilidade, qualidade de vida e saúde da população da Amazônia, a Rede Amazônica de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade agrega as seguintes instituições, além do MPEG, no Brasil: o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Das participações internacionais, fazem parte: o Instituto Humboldt e Instituto SINCHI da Colômbia, Instituto Nacional de Biodiversidade (INABIO) do Equador e o Instituto de Pesquisa da Amazônia Peruana (IIAP).

Na avaliação de Marlúcia Martins, pesquisadora de Zoologia e coordenadora substituta de Pesquisa e Pós-Graduação, no MPEG, "essa rede vem coroar esforços de longa data, de integração entre as instituições de pesquisa mais importantes da Amazônia e que retêm conhecimento e acervos biológicos, etnográficos, linguísticos; integrar as informações já existentes; planejar a melhor forma de dar continuidade ao processo de coleta de informações sobre a Amazônia; e elaborar sínteses sobre o bioma, de forma a contribuir de maneira mais efetiva com políticas públicas e planejamento de desenvolvimento da região como um todo”.

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Articulação

Com o apoio técnico e financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Rede Amazônica de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade integra o programa guarda-chuva Amazônia Sempre e iniciou sua articulação no ano passado. A construção deu o passo definitivo em fevereiro de 2024 no evento “Taller creación Red Amazónica de Investigación e Innovación sobre la Biodiversidad”, que aconteceu em Bogotá (Colômbia).

Esse evento reuniu dirigentes do BID e das instituições científicas da Amazônia colombiana, equatoriana, peruana e brasileira. O Museu Goeldi esteve representado por seu diretor, Nilson Gabas Júnior. “É com muita honra e muito prazer que a gente veja que a instituição está sendo reconhecida por instituições e mecanismos de financiamento internacionais, sobretudo, focados na Amazônia. Nós tivemos aqui, em agosto do ano passado, a reunião dos representantes dos países amazônicos, saiu a Carta de Belém. A Carta de Belém foi o catalisador desse movimento e da liberação de cerca de dois milhões de dólares para a gente, no prazo de quatro anos, fazermos pesquisas integradas entre instituições de países amazônicos”, pondera o gestor.

"A grande satisfação é não apenas o museu ter sido convidado para fazer parte dessa rede, mas o fato de que a primeira rede que integra como ação já advinda da Carta de Belém, países da organização do Tratado de Cooperação Amazônica. Isso nos auxilia muito no sentido de promover pesquisas envolvendo biodiversidade e inovação tecnológica para os países amazônicos”, acrescenta Nilson. Ainda sobre a área científica, Nilson adianta, ainda: ”Nós teremos, agora em junho, a primeira reunião temática de todos os institutos de pesquisa. Estamos nos autoproclamando o G7 das instituições científicas da Amazônia”, diz.

Linhas de trabalho

A próxima etapa de consolidação da Rede será em na reunião em Manaus, em junho de 2024, quando os representantes institucionais irão estruturar suas ações. O projeto vai seguir três linhas de trabalho: diálogo e intercâmbio de conhecimento entre seus membros, fortalecimento da capacidade técnica dos institutos por meio de iniciativas de aprendizagem coletiva e mobilidade de pesquisadores, e promoção da conservação da biodiversidade e do desenvolvimento da bioeconomia amazônica através de programas e projetos colaborativos.

A rede também vai atuar em parceria com os povos indígenas e comunidades tradicionais, governos, setor privado e outros atores interessados em se unir à conservação e uso sustentável da biodiversidade com valor agregado para melhorar a qualidade de vida das comunidades da região amazônica.

A nova iniciativa científica será liderada por um Comitê Diretor composto por um representante de cada instituto membro fundador e um representante do BID. Além disso, o BID assumirá a secretaria técnica por um período inicial de quatro anos. Os critérios para a incorporação de novos membros serão divulgados na segunda assembleia anual da Rede, que acontecerá em 2025.

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