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Ministério da Saúde lança campanha contra dengue, zika e chikungunya; no Pará, uma pessoa morreu

De janeiro a abril, houve aumento de 30% de casos de dengue, 40% de chikungunya e 289% de zika, doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, em comparação ao mesmo período do ano passado

Victor Furtado, com informações da Agência Brasil
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Nos quatro primeiros meses de 2023, o Ministério da Saúde registrou um aumento de 30% dos casos de dengue, 40% dos casos de chikungunya e 289% dos casos de zika em todo o Brasil. Os dados foram comparados com o mesmo período do ano passado. Nesse cenário de tendência de aumento de casos, o Governo Federal lançou uma campanha nacional de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor também da febre mayaro. Entre as 333 mortes por dengue no país neste ano, uma delas está no Pará.

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Em 2022, o Pará registrou 6.719 possíveis casos de dengue, — que são os casos confirmados e os sob análise —, conforme evidenciou o Ministério da Saúde (MS), que monitora casos de arboviroses no Brasil. A pasta também aponta que o estado teve 344 casos de chikungunya e 101 de zika. Entre os sete estados da região Norte, o Estado é o terceiro com maior número de casos. Neste ano, até o final de abril, foram registrados 3.969 casos prováveis de dengue, 282 casos de chikungunya e 34 casos de zika.

 

 

 

Na avaliação do MS, as ocorrências de dengue passaram de 690,8 mil casos no ano passado para 899,5 mil neste ano. Os estados com maior incidência são Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia. Já em relação ao chikungunya, de janeiro a abril, foram notificados 86,9 mil casos da doença (40% mais do que o mesmo período de 2022). As maiores incidências da doença estão no Tocantins, em Minas Gerais, no Espírito Santo e em Mato Grosso do Sul, 19 óbitos foram confirmados.

A Zika é a doença com mais aumento de casos: 6,2 mil casos, contra os 1,6 mil de 2022 (aumento de 289%). Até o momento, não houve óbitos pela doença. Os estados com maior incidência são Acre, Roraima e Tocantins

“Fatores como a variação climática e aumento das chuvas no período em todo o país, o grande número de pessoas suscetíveis às doenças e a mudança na circulação de sorotipo do vírus são fatores que podem ter contribuído para esse crescimento”, dizia nota do Ministério da Saúde. A reintrodução do vírus da dengue no Brasil aconteceu em 1986. Já o chikungunya foi registrado pela primeira vez em 2014, enquanto o zika foi identificado no país em 2015.

Alda Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do MS, destaca que o Brasil registra epidemias sucessivas de dengue com intervalos cada vez mais curtos entre os surtos. Zika e chikungunya também se mantêm com taxas endêmicas ao longo dos anos. 

Este ano, foram investidos mais de R$ 84 milhões na compra de insumos para o controle vetorial do Aedes aegypti. Popularmente conhecido como "fumacê", um dos inseticidas usados no controle do mosquito na forma adulta, será distribuído ao longo das próximas semanas após atraso no fornecimento causado por problemas na aquisição pela gestão passada, segundo o ministério. A expectativa é que a pasta receba cerca de 275 mil litros do produto ainda neste mês, normalizando o envio aos estados e Distrito Federal.

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Sintomas e prevenção das três doenças

Os sintomas de dengue, chikungunya e zika são semelhantes e incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais. A orientação do ministério é que a população procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sinais de qualquer uma das três arboviroses.

“A prevenção é a melhor forma de combater a doença. Evitar acúmulo de inservíveis, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água, receber a visita do agente de saúde são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, coloca os seus ovos”, recomenda o ministério.

Por nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que "...trabalha em conjunto com os 144 municípios, tendo como base os Planos de Contingências Municipais, que respaldam as ações de vigilância epidemiológica, controle vetorial e assistência. No que tange ao controle vetorial, a ação é de responsabilidade dos municípios que usam apenas o larvicida nas visitas domiciliares de acordo com a necessidade e situação epidemiológica. O larvicida é fornecido pelo Ministério da Saúde e distribuído pela Sespa".

 

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