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Vermes ressuscitam após 46 mil anos congelados no solo; entenda o caso

Esses vermes não pertencem a nenhuma das espécies descritas anteriormente

Rayanne Bulhões

Cientistas fizeram uma descoberta ao colher uma amostra de solo congelado há 46 mil anos. Após o descongelamento, eles perceberam que nematóides, uma espécie desconhecida de verme com o corpo em formato cilíndrico, começaram a se rastejar para fora do solo. O material foi coletado na Sibéria.

A datação por radiocarbono revelou que o solo, juntamente com os nematoides presentes nele, estava congelado há impressionantes 46 mil anos. Isso significa que esses vermes não pertenceram a nenhuma das espécies descritas anteriormente. O estudo científico sobre a descoberta da nova espécie foi publicado na revista PLOS Genetics.

O Dr. Philipp Schiffer, da Universidade de Colônia, que faz parte da equipe de pesquisa, descreveu com ânimo a descoberta: "É super fascinante ver de repente a vida, animais vivos rastejando para fora de um pedaço de solo que está congelado há 46.000 anos", disse ele à Reuters.

A equipe de cientistas foi convidada a estudar os nematóides recém-descongelados para determinar a espécie e analisar seu genoma. Eles identificaram o verme como uma nova espécie. Schiffer destacou que esses microorganismos parecem ter desenvolvido um "kit de ferramentas moleculares" para sobrevivência, incluindo a produção de um açúcar chamado trealose, que os ajuda a proteger seu DNA e proteínas durante esse estágio de resistência.

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Essa descoberta pode ser de grande importância para os esforços de conservação à medida em que o clima da Terra muda. O estudo dessas criaturas permite um melhor entendimento de como as espécies ameaçadas de extinção podem sobreviver e como os animais lidam com climas extremos.

Apesar de existir a possibilidade de organismos antigos descongelados poderem abrigar patógenos perigosos para os humanos, Schiffer enfatizou que não vê nenhum perigo imediato: "É algo possível. E com a Covid-19, todos nós vimos o que pode acontecer de repente. Mas eu não diria que há um perigo iminente dessas formas trazerem alguma bactéria que de repente comece a matar humanos”, afirmou o pesquisador.

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