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Somali mata namorada sueca, grávida dele, para não ter que apresentá-la à família

Para namorado de 22 anos, era uma 'desonra' o relacionamento com mulher branca, grávida e de outra cultura

O Liberal
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Uma mulher de 20 anos, grávida de sete meses, foi assassinada pelo namorado num "crime de honra", disse a polícia da Suécia ao encerrar na semana passada a investigação do caso.

Saga Forsgren Elneborg foi encontrada morta estrangulada, possivelmente com um fio de lâmpada, dentro da própria casa em  Örebro, a duas horas da capital sueca, Estocolmo. O crime ocorreu em abril do ano passado. O bebê que ela carregava no ventre também morreu.

Os promotores afirmam que o namorado dela, Mohamedamin Abdirisek Ibrahim, de 22 anos, imigrante da Somália, "preferiu" matá-la a ter que enfrentar a "vergonha" de apresentar a mãe de seu filho grávida à sua família muçulmana.

A família de Saga disse ter sido uma "longa e dolorosa espera" de ano para que Mohamedamin fosse acusado pelo assassinato da jovem. Ele não parece ter sido acusado do assassinato de seu filho ainda não nascido.

A polícia divulgou um relatório de mil páginas contendo fotos da possível arma do crime, o cabo da lâmpada e a cena do crime no quarto – onde o corpo de Saga foi encontrado ao lado de sua cama.

Os promotores afirmam que Mohamedamin cresceu numa família que acreditava que "namorar uma mulher branca não era certo" e que ele "deveria namorar uma mulher da mesma cultura". Ele escondeu o relacionamento por dois anos.

A gravidez acabou ampliando o sentimento de "desonra" de Mohamedamin em relação à família. O somali tentou convencer Saga a abortar, mas ela disse que teria o bebê mesmo sem o apoio dele. A sueca parecia empolgada com a gestação e costumava postar fotos em redes sociais mostrando roupinhas, sapatinhos e até o berço do menino que esperava.

"Mohamedamin Abdirisek Ibrahim matou Saga Forsgren Elneborg sufocando-a e estrangulando-a através de pressão no pescoço, com impacto na traqueia e no fornecimento de sangue à cabeça", escreveu na acusação a promotora Elisabeth Anderson, de acordo com o site local "Aftonbladet".

"Quero dizer que o assassinato ocorreu num contexto de honra porque o homem queria preservar ou restaurar a sua honra e a da sua família, matando a mulher que carregava o seu filho", acrescentou ela.

No dia da morte, Mohamedamin enviou mensagem de texto a Saga dizendo que contaria aos parentes sobre a relação deles e o bebê que a sueca esperava. Em outra mensagem, o somali contou que já havia revelado a verdade a um familiar. Saga, então perguntou: "Como foi?". Mas não obteve resposta.

Julgamento começa no dia 10 de abril

Segundo a polícia, não há qualquer indício de que a família tenha orientado, sugerido ou pressionado Mohamedamin a matar a namorada.

O julgamento começa em 10 de abril, devendo durar cerca de 15 dias. Mohamedamin alega inocência, mas seu DNA foi coletado nas unhas da vítima.

"Há nove meses que continuo não acreditando que ela morreu", afirmou o somali, frisando que amava a sueca.

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