Nancy Pelosi chega à Ásia e acirra tensão entre Estados Unidos e China: ‘Vai pagar o preço’

Existe a perspectiva de uma visita a Taiwan, o que aumentou a fúria de Pequim

O Liberal
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A chegada da presidente da Câmara dos Estados Unidos Nancy Pelosi à Ásia acirrou a tensão entre Estados Unidos e China, que criticou uma possível visita da autoridade americana a Taiwan. Nesta terça-feira (2), ela desembarcou em Kuala Lumpur, capital da Malásia, onde se encontrou com o presidente do Dewan Rakyat, a Câmara dos Deputados do país, e mais tarde se reunirá com o primeiro-ministro. As informações são do G1 e do Portal UOL.

O roteiro da viagem inclui ainda paradas na Coreia do Sul e no Japão, mas o que tem enfurecido Pequim e deixado o mundo em alerta é a perspectiva de uma visita a Taiwan, parada não confirmada oficialmente.

"Os Estados Unidos carregarão a responsabilidade e pagarão o preço por minar a soberania e a segurança da China", declarou a porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying. Pequim considera Taiwan como parte de seu território e alertou que verá uma visita de Pelosi à ilha como provocação.

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Nesta segunda-feira (1), a China já havia subido o tom de seus avisos ao afirmar que Forças Armadas não "ficarão só olhando" caso Nancy Pelosi vá a Taiwan e que o países adotará “seguramente contramedidas decididas e fortes em defesa de sua soberania e integridade nacional”. “

“Os EUA precisam respeitar o princípio da China Única, os três comunicados sino-americanos e manter a promessa de Joe Biden de não apoiar a independência de Taiwan", disse um dos porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Zhao Lijian.

A Rússia, por meio da porta-voz do ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, também se manifestou, acusando o governo americano de desestabilizar o mundo. "Nem um único conflito solucionado nas últimas décadas, mas muitos provocados", afirmou.  

Em resposta, John Kirby, coordenador de comunicação do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, afirmou que "não há motivos para Pequim transformar uma visita potencial, consistente com uma política de longo prazo dos EUA, em algum tipo de crise ou conflito, ou usá-la como pretexto para aumentar exercícios militares agressivos em torno do Estreito de Taiwan".

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