Argentina: Milei confirma plano de fechar BC e prevê controle da inflação em até 24 meses

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, concedeu na manhã desta segunda-feira (20) a sua primeira entrevista após a vitória nas eleições deste domingo (19), quando obteve 55,69% dos votos, contra 44,30% de seu adversário, Sérgio Massa. À rádio argentina Continental, ele reafirmou compromissos anunciados durante a campanha - entre eles o plano de fechar o Banco Central e dolarizar a economia. Milei também prevê que levará entre 18 e 24 meses para conter a inflação no país, na casa dos 140% anuais.

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"Fechar o Banco Central é uma obrigação moral, e dolarizar (a economia) é uma maneira de nos livramos do Banco Central", disse. 

Segundo ele, por enquanto, será mantida a taxa de câmbio. O novo presidente disse também que não levantará a limitação ao estoque de dólar de bancos da Argentina, imposta pelo atual governo do presidente Alberto Fernández, para controlar o saldo da moeda norte-americana.

"Antes de levantar a limitação ao estoque do dólar, é preciso resolver o problema da Leliq (a taxa básica de juros do país)", disse. "Vamos tentar fazer isso o mais rápido possível, porque, se não, a sombra da hiperinflação estará aqui o tempo todo", completou. 

Ainda nesta segunda-feira, Milei deve se encontrar com o presidente Alberto Fernández, para iniciar o processo de transição.