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Em Icoaraci, terreno abandonado tem focos de dengue e está atraindo ratos

Moradores do entorno vivem há dois anos preocupados com os problemas

Carolina Mota, com a colaboração de Jamilly Freitas
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Há pelo menos dois anos, um terreno em aparente situação de abandono, localizado na travessa São Roque, entre as ruas Coronel Juvêncio Sarmento e Santa Isabel, no bairro do Cruzeiro, Distrito de Icoaraci, está causando preocupação aos moradores que vivem no entorno. Há grande quantidade de mato no local e isso tem contribuído para a presença de ratos e mosquitos da dengue.

A auxiliar de cobrança Jamilly Farias, de 33 anos, conta que mora há cinco anos ao lado do terreno, onde funcionava um pequeno negócio de torneiro mecânico.  Segundo ela, a área recebia limpezas e manutenções constantes, mas foi colocado à venda e, desde então, aparenta ter sido "esquecido" pelo novo proprietário, que ninguém da vizinhança sabe quem é.

A aflição, segundo a leitora, se dá por conta de animais que estão sendo atraídos para o local por conta do mato alto e de resíduos domésticos que estariam sendo jogados na área, que exala mau cheiro. Ela conta que rato, urubu, pombo, vespas e mosquitos passaram a invadir as residências próximas, como a casa dela.

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"O vizinho do lado, outro dia, contou que ratos estavam entrando na casa dele. Aqui em casa, as 'cabas' entram e a gente tem medo de que elas possam vir a ferroar a gente, principalmente por ter uma bebê de apenas sete meses de vida em casa", diz Jamilly, ao relatar que o maior medo é que a filha leve alguma ferroada ou contraia dengue, por conta dos focos do Aedes Aegypti (mosquito da dengue) que existem no espaço.

A denunciante também conta que no terreno há uma estrutura construída que se assemelha a um banheiro. Por ter o muro da casa baixo, a moradora, assim como outros que residem na área, teme que assaltantes e usuários de drogas façam do local um esconderijo. "Como mostra no vídeo, os muros dos arredores são baixos então a gente fica com receio de que entrem em nossas casas", afirma.

Ainda com base no relato, todas essas problemáticas fazem com que ela precise ficar com as portas e janelas trancadas para amenizar o problema do odor e das invasões de animais. "Meu marido precisa cortar os galhos que crescem aqui para a nossa casa, mas não é justo que nós tenhamos que realizar a limpeza do terreno alheio. Essa responsabilidade é do dono. Só queremos que ele venha limpar o terreno", desabafa.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informa que vizinhos de imóveis abandonados podem "solicitar uma visita da equipe de endemias da Sesma para fazer uma pesquisa larvária e verificar possíveis focos do mosquito que transmite as arboviroses (dengue, zika e chikungunya) nesses espaços".

Mas a Sesma reforça que "para a equipe adentrar ao espaço precisa da autorização prévia do proprietário do imóvel. A Sesma informa, ainda, que disponibiliza o e-mail combateadengue@sesma.pmb.gov.br, que funciona como um serviço de informações, denúncia e notificação de casos sugestivos de agravos transmitidos pelo Aedes Aegypti", diz o texto.

Sobre a questão de supostos criminosos na área, a Guarda Municipal de Belém (GMB) realiza diariamente rondas, por meio de viaturas e motocicletas nos bairros da capital, com foco em prédios sob a responsabilidade do Município e não privados.

"A população pode colaborar com o serviço fazendo denúncias de roubo, furto e depredação do patrimônio público, por meio do canal 153. A partir da ligação, uma viatura será encaminhada até o local", pois, segundo a nota, a GMB esclareceu que atua em espaços privados apenas quando tem ocorrência solicitada pelo proprietário.

O projeto Eu Repórter é uma iniciativa do Grupo Liberal, que busca reforçar a proximidade com os leitores e internautas, incentivando ainda mais o jornalismo colaborativo. Para participar das reportagens e conteúdos, compartilhando histórias, denúncias e sugestões de matérias com a redação de O Liberal, basta acessar o site eureporter.grupoliberal.com ou enviar suas informações para o Whatsapp (91) 98565-7449, onde será iniciada uma conversa diretamente com repórteres da redação. A denúncia pode ser feita de forma anônima.

(Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Camila Moreira, chefe de reportagem de O Liberal)

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