Ex-Paysandu relembra xingamento à torcida bicolor e diz: 'maior besteira que fiz na carreira'

Marcelo Nicácio chamou a torcida do Paysandu de 'merda' em uma partida contra o Palmeiras, no Manguierão, pela Série B de 2013

Fábio Will
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Na semana do clássico entre Paysandu x Remo, o perfil de humor Futebol Zueiro PA, postou um vídeo do ex-atacante Marcelo Nicácio, em que ele fala que a maior besteira que fez na carreira foi ter chamado a torcida do Paysandu de ‘merda’, em um jogo da Série B de 2013, no Mangueirão. O ex-jogador justificou ter chamado a torcida bicolor assim e afirmou que ficou sentido com o ocorrido, pois era um clube em que ele tinha um carinho por parte do torcedor.

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Nicácio disse em entrevista que sempre entrou e saiu dos clubes pela porta da frente. O ex-atacante afirmou que o que ocorreu foi algo bizarro e afirmou que o episódio queimou a sua carreira, principalmente com o clube e justificou o motivo de ter falado a palavra ‘merda’.

“Estávamos jogando contra o Palmeiras, estávamos ganhando e o nosso treinador era o Vagner Benazzi. Eu tinha muita moral com a torcida do Paysandu e é por isso que fico e por isso que fico muito sentido, pois a minha imagem foi queimada no clube em que a torcida gostava de mim. Eu tinha saído da partida e faltavam uns cinco minutos para acabar a partida. O Vagner Benazzi já estava rouco de tanto gritar. Como ele sabia que eu tinha uma finidade com a torcida, ele pediu para eu incentivar, chamar a torcida, mas a torcida do Paysandu estava muito apreensiva, nervosa, pois o Palmeiras estava pressionando. E naquele ímpeto de chamar e a torcida não responde, fui e falei ‘merda’. Só que a palavra ‘merda’, em Salvador (BA), pra gente é normal, não é criticar ninguém. Só que pra lá [Belém] é pesado. Eu falei em um lugar que soa mal”, disse.

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No Papão foram 25 jogos e oito gols marcados. Atualmente com 41 anos, Marcelo Nicácio relembrou os momentos vividos na disputa da Série B daquele ano, destruição de carros de jogadores na Curuzu e da frustração em ter deixado o clube da forma como foi.

“A única besteira que fiz na carreira foi chamar a torcida do Paysandu de ‘merda’. Essa foi a única coisa bizarra na minha carreira, nunca tive problema em nenhum clube, sempre entrei pela porta da frente e sempre sai. Foi um ano muito complicado, ano em que o clube caiu. Todos os jogos estávamos brigando [para sair da zona. Ganhava, saia [da zona de rebaixamento], perdia e voltava [para a zona]. Tivemos um jogo em casa em que perdemos, os torcedores invadiram o estacionamento da Curuzu e quebraram os carros da maioria dos jogadores inclusive o meu”, falou.

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Nicácio teve uma carreira vasa, com passagens por vários clubes do país, como Bahia-BA, CRB-AL, Atlético-MG, América-RN, Fortaleza-CE, Ceará-CE, Vitória-BA, Figueirense-SC, CSA-AL entre outros. Jogou também na Grécia, Bulgária e Arábia Saudita. Seu último cube foi o Campo Grande-CE, em 2021, quando pendurou as chuteiras.

“Estávamos jogando contra o Palmeiras, estávamos ganhando e o nosso treinador era o Vagner Benazzi. Eu tinha muita moral com a torcida do Paysandu e é por isso que fico e por isso que fico muito sentido, pois a minha imagem foi queimada no clube em que a torcida gostava de mim. Eu tinha saído da partida e faltavam uns cinco minutos para acabar a partida. O Vagner Benazzi já estava rouco de tanto gritar. Como ele sabia que eu tinha uma finidade com a torcida, ele pediu para eu incentivar, chamar a torcida, mas a torcida do Paysandu estava muito apreensiva, nervosa, pois o Palmeiras estava pressionando. E naquele ímpeto de chamar e a torcida não responde, fui e falei ‘merda’. Só que a palavra ‘merda’, em Salvador (BA), pra gente é normal, não é criticar ninguém. Só que pra lá [Belém] é pesado. Eu falei em um lugar que soa mal”, disse.

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