Quadro Tático: Argentina mostra força coletiva, mas precisa de craque para bater o Brasil

Time de Lionel Scaloni evoluiu nas últimas rodadas, mas ainda apresenta falhas em setores fundamentais do campo

Caio Maia/ O Liberal
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É verdade que o Brasil é a única equipe com 100% de aproveitamento nas eliminatórias para a Copa do Mundo. Apesar disso, a seleção da Argentina está muito bem, obrigado. Invictos no torneio, os hermanos vêm para o superclássico com uma vitória, fora de casa, em cima da Venezuela, por X a X. Além de coragem de sobra, os vizinhos sul-americanos já mostraram que tem bola pra bater a seleção de Tite.

Isso é muito importante frisar: a Argentina tem bola pra ganhar do Brasil, mas não time. A alviceleste, quando necessário, consegue fazer jogos duríssimos contra adversários bem qualificados. O caso mais recente foi na final da Copa América, quando bateram o Brasil por 1 a 0, no Maracanã.

Apesar do grau de competitividade ser elevado em partidas grandes, o nível dos jogadores da seleção de Lionel Scaloni é abaixo do top mundial. O mais importante disso tudo: o treinador argentino sabe disso e otimiza os jogadores que tem.

image Time entra para partida contra o Brasil num 4-4-2 (Reprodução / O Liberal)

Para isso, Scaloni escala a Argentina num tradicional 4-4-2. No momento sem a bola, a seleção é somente "ok". Marca em bloco médio e não traz dificuldades ao adversário que está com a posse da bola.

A mágica, no entanto, acontece do meio pra frente. Vocês se lembram quando explicamos o ataque com cinco jogadores? Seleções modernas, como Itália, Inglaterra, Espanha e até o próprio Brasil costumam fazer isso. A Argentina não é diferente.

No quinteto ofensivo argentino, o lateral-esquerdo Acuña corre em disparada para o ataque. Di Maria faz a ponta direita e Lautaro Martinez fica como centroavante. Na entrada da área, Lo Celso e Messi dão apoio.

Messi, inclusive, é quem torna tudo mais interessante. O craque do PSG é o "desorganizador" do desenho tático. Se os cinco da frente ficarem parados, a Argentina tem pouca condição de propor jogo. As jogadas de perigo ocorrem na bagunça formada do meio pra frente. Quem dita isso é Messi. Quando ele sai da posição de origem, Lo Celso e Di Maria ocupam novos espaços, o que abre brechas na defesa adversária.

image Jogadores fazem "linha de 5" no momento ofensivo (Reprodução/ O Liberal)

Falhas importantes

A seleção da Argentina, como qualquer outra, tem falhas. Algumas até primárias, como o espaçamento grande entre as duas linhas de quatro. Mesmo derrotada, a Venezuela soube usar os espaços e levou perigo em algumas oportunidades, principalmente com Soteldo. Outro problema é nas costas do lateral-esquerdo. Como Acuña sobe demais, muitas vezes a cobertura no setor não é bem feita. Se bem explorado, a região pode ser a peça chave para a construção da vitória no domingo.

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