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Por trás do sucesso da Tuna no Parazão, Júlio César Nunes se firma como grande maestro do time

O trabalho no comando técnico da Águia Guerreira tem gerado excelentes resultados, incluindo a já histórica série de sete jogos sem derrotas no Parazão

Luiz Guilherme Ramos
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Quando foi anunciado para o cargo de técnico da Tuna Luso, Júlio César Nunes talvez não tivesse a devida dimensão do trabalho que teria pela frente, sobretudo no dia a dia do clube. Com o tempo, o comandante não só se firmou, como liderou uma grande alavancada, tirando o time do ostracismo que já durava anos. Hoje, quase um ano após sua chegada, a Águia Guerreira vem se consolidando como um dos líderes do Parazão, impondo respeito nos adversários mais indigestos. 

Aos 38 anos, Nunes é experiente no futebol e acumula boa parte dela graças ao trabalho no sul do país. Júlio teve passagens pelo Esportivo-RS, União Frederiquense-RS, PRS FC, Glória-RS, Passo Fundo-RS, Hercílio Dias-SC, União Rondonópolis-MT, Moto Club-MA e Joinville-SC. Este ano, com a permanência assegurada, chega a hora de começar o Parazão em uma condição melhor, possibilitando uma real briga pelo título. 

"Eu acho que a grande diferença do trabalho da Série D para o trabalho atual é que, com a sequência dentro do clube você já conhece melhor a diretoria, cria uma continuidade no trabalho, facilita muito. Naquele momento, na Série D, pegamos um grupo que não tinha tido bons resultados no estadual. Em pouco tempo tivemos que reformular quase que totalmente o elenco para jogar a Série D. Então, a diferença maior que eu vejo é que foi o tempo para trabalhar com calma, segurar alguns remanescentes da Série D e trazer jogadores com o perfil da nossa ideia de jogo e característica da competição", explica. 

Embora a fase seja boa, ao menos no futebol, o treinador enxerga que tem muito a fazer, sobretudo na expansão do futebol, que vem, necessariamente, com contratações. Nesse quesito, a Tuna Luso ainda tem certas limitações. 

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"Nós sabemos que temos dificuldades, assim como outros clubes também, mas nós procuramos sempre olhar as oportunidades e não as dificuldades. Esse foi o nosso discurso na apresentação, a gente sabe que tem dificuldades de campo, de estrutura, mas a gente não fica focando nisso, a gente trabalha com a melhor condição que a gente tem, tenta fazer o melhor com o que temos, e os atletas entenderam muito em isso", diz ele, que tem  um grande objetivo.

"Nosso foco é na oportunidade de fazer um grande campeonato, de chegar, conquistar os objetivos para o clube, e consequentemente isso acontecendo vai ser bom para todos, para os atletas, para a Comissão Técnica também que está mostrando o trabalho, e a gente espera ir conseguir colocar a tuna com um calendário para 2025, para a Tuna poder ter futebol o ano todo".

Planejamento e superação

Uma boa amostra do atual momento foi vista no clássico contra o Clube do Remo, na quarta rodada, que despertou a emoção de torcedores e membros da diretoria, num desabafo rasgado contra as falas do técnico Ricardo Catalá, que disse ter no Pará apenas dois clubes grandes. 

"Óbvio que uma vitória em cima de um clássico, um grande adversário, ela traz confiança, a equipe incorpora, cresce, mas também, ao mesmo tempo, temos que ter um cuidado para não entrarmos num momento de estagnação. A gente cobra muito dos atletas a evolução diária, eles entenderam muito bem, então os treinamentos continuam fortes, continuam com cobrança, porque a gente precisa evoluir sempre. Se nós pararmos de evoluir, o adversário nos passa, então é um desafio a cada jogo sempre tentar ser melhor, a cada jogo tentar ser melhor do que a última partida".

Por fim, Nunes reitera que o trabalho não para e que a Tuna Luso vai continuar sua jornada de reestruturação, resgatando os bons momentos do clube que outrora levantou duas taças de Campeão Brasileiro, com a ajuda de veteranos e os tradicionais reforços das categorias de base. 

"Acredito que o equilíbrio sempre foi a melhor receita. Jogadores experientes com jogadores jovens para você ter intensidade. Claro que é um desafio para o treinador atrelar esses dois objetivos, conseguir os resultados que é o calendário e também ao mesmo tempo lançar jogadores jovens. Então a gente precisa saber ter o feeling de lançar no momento certo os meninos jovens. Muitas vezes tem jogadores técnicos, mas que não suportam a pressão de um jogo. Então, a gente avalia e vai lançando aos poucos, mas nós estamos conseguindo dentro de um objetivo principal que é conquistar os resultados e também lançar os meninos jovens. Estamos conseguindo atingir esses dois objetivos muito bem", finaliza. 

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