Brasil perde para a França por 2 a 1 e deixa a liderança do Grupo F da Copa do Mundo Feminina

Equipe francesa domina a primeira etapa e mantém hegemonia sofre o futebol brasileiro. Vagas no mata-mata serão definidas na próxima quarta-feira (2)

Caio Maia e Pedro Cruz
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Brasil e França fizeram um jogo emocionante neste sábado (29), no Brisbane Stadium, pelo Grupo F da Copa do Mundo Feminina de 2023. O confronto, válido pela segunda rodada da fase de grupos, poderia ter definido a liderança e a classificação do time brasileiro para a segunda fase, mas terminou com vitória da francesa por 2 a 1, embolando a pontuação da chave e deixando a decisão para a última rodada, na quarta-feira (2).

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A vitória sobre a equipe canarinho levou as francesas para a liderança, com 4 pontos. O Brasil fica atrás, com 3 pontos, na vice-liderança. Na próxima quarta-feira ocorrem os jogos da terceira e última rodada do Grupo F: a França pega o Panamá e o Brasil a Jamaica. As duas partidas serão realizadas simultaneamente às 7h (de Brasília). 

O jogo

A França começou com tudo e, com dois minutos, quase abriu o placar, não fosse a velocidade de Luana na recomposição. Le Sommer foi lançada em posição irregular por trás da zaga brasileira, cruzou rasteiro e a volante Luana chegou antes de Diani para fazer o corte.

Aos 12, nova jogada perigosa francesa. A bola foi alçada na área e Le Sommer desviou de cabeça para ver a goleira Letícia voar no cantinho e fazer defesaça (veja abaixo).

Mas a pressão da equipe europeia funcionou, e o gol da França saiu aos 16, justamente da cabeça de Sommer: Karchaoui cruzou de longe, Diani desviou na área e Le Sommer fez o cabeceio sozinha, quase na pequena área, sem chances para Lelê: 1 a 0 França.

O Brasil sofreu ao longo da primeira etapa para conseguir levar perigo. O time canarinho não conseguia se aproveitar da recomposição lenta das francesas e cederam à marcação em linha alta das adversárias. As principais jogadas do Brasil na etapa inicial foram em bolas paradas, com Debinha, que ainda assim não foram suficientes para levar trabalho à goleira Magnin.

O primeiro tempo encerrou com números promissores do Brasil, mas pouca eficiência do setor ofensivo e conseguir controlar mais o jogo e valorizar a posse de bola. Já a França foi dominante no meio-campo, ganhando os duelos principalmente no aspecto físico.  

França x Brasil Copa do Mundo Feminina 2023 rodada 2

 

Brasil muda de atitude

A técnica Pia Sundhage optou por não fazer mudanças no time no invervalo. A equipe francesa também voltou igual para o segundo tempo. Desta forma, pouca coisa mudou nos primeiros minutos da etapa final. A equipe brasileira aos poucos foi ganhando volume de jogo, mas pouco frente ao com controle do meio-campo executado pelas francesas.

E quando conseguiu trabalhar uma jogada, veio o gol do empate: em ótima troca de passes no último terço do campo, a bola sobrou na área com Debinha, que tocou com categoria na saída da goleira Magnin aos 12 minutos: 1 a 1 (assista abaixo).

Logo após o empate, a Pia Sundhage promoveu a primeira mudança no Brasil: sacou Geyse para a entrada de Andressa Alves, mexendo com a dinâmica do meio canarinho: a camisa 7 deu mais cadência e qualidade de passe para o time. Já a França sentiu o gol sofrido e foi mais permissiva com os ataques brasileiros.

Com o passar do tempo, a partida tornou a ficar equilibrada. O Brasil voltou a percar em eficiência. Aos 22, por exemplo, Debinha perdeu grande chance em contra-ataque que tentou fazer tudo sozinha, mesmo tendo Ary Borges como opção de passe na esquerda, livre de marcação, invadindo a área.

image Debinha fez o gol do Brasil e é a artilheira da 'Era Pia' (Thais Magalhães/CBF)

Quando o Brasil estava melhor em campo e o segundo gol parecia questão de tempo, a França encontrou a vitória em uma bola parada. Na cobrança de escanteio pela direita, a bola foi alçada no segundo pau e a zagueira artilheira Renard subiu mais alto que a defesa e cabeceou com força: 2 a 1 para a França

Imediatamente após o gol, Pia Sundhage fez três substituições. Faltando pouco mais de 7 minutos para o fim do tempo regulamentar, a técnica promoveu as entradas de Marta, Ana Vitória e Mônica. Saíram Debinha, Ary Borges e Antônia. Mas as francesas voltaram a dominar o meio de campo, com qualidade para gastar o tempo e controlar o jogo até o fim dos sete minutos de acréscimos.

Retrospecto Brasil x França

Grandes equipes no futebol feminino, Brasil e França se reencontram quatro anos depois de um emocionante duelo nas oitavas de final da Copa de 2019. O jogo não traz boas recordações para as brasileiras, que foram eliminadas na ocasião por 2 a 1. Desde então, ambas as seleções passaram por importantes transformações.

Mudanças e mais mudanças em Brasil e França

No time francês, a ex-capitã Amandine Henry, que foi a heroína da classificação em 2019, foi cortada da equipe às vésperas da Copa devido a uma lesão. Além dela, outras jogadoras experientes como Sarah Bouhaddi, Griedge Mbock e Valérie Gauvin, também não fazem mais parte do elenco.

Atualmente, a seleção francesa é liderada por um grupo rejuvenescido, sob o comando do técnico Hervé Renard, que assumiu a equipe em março, após a demissão de Corinne Diacre. A principal incerteza para o confronto contra o Brasil estava nas condições da zagueira e capitã francesa, Wendie Renard.

No lado brasileiro, a frustração da eliminação em 2019 ainda é um sentimento presente no elenco. Além disso, o Brasil nunca conseguiu vencer as francesas em 12 confrontos disputados até o momento, acumulando cinco empates e sete derrotas, já contando a deste sábado.

Ficha técnica

França x Brasil
2ª rodada do Grupo F da Copa do Mundo Feminina de 2023

Data: 29 de julho
Hora: 7h (de Brasília)
Local: Brisbane Stadium, em Brisbane, na Austrália

Arbitragem: Kate Jacewicz (AUS)
Auxiliares: Kyoung-Min Kim (COR) e Joanna Kate Charaktis (AUS).
Cartões amarelos: Dali, Toletti e Karchaoui (FRA) | Luana (BRA).
Gols: Le Sommer (16/1T), Debinha (12/2T) e Renard (37/2T).

França: Magnin; Karchaoui, Cascarino, Renard e Lakrar; Dali (Le Garrec), Toletti, Geyoro e Matéo; Diani e Le Sommer (Becho). Técnico: Hervé Renard.

Brasil: Lele; Tamires, Rafaelle, Lauren e Antonia (Mônica); Adriana (Bia Zaneratto), Luana, Kerolin e Ary Borges (Ana Vitória); Debinha (Marta) e Geyse (Andressa Alves). Técnica: Pia Sundhage.

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