Copa do Mundo de Futebol Autista: Pará na disputa como sede e impulsiona inclusão
Primeira edição da competição está prevista para ocorrer no Brasil, em abril de 2025, e Pará pode ser uma das sedes
A Copa do Mundo de Futebol Autista estreará com a primeira edição no Brasil, prevista para abril de 2025. O evento, organizado pela Instituição Autismo Soccer Internacional, terá pessoas com o Transtorno do Aspecto Autista (TEA), representando 10 seleções mundiais, e o Pará é apontado como uma das sedes da competição.
No entanto, apesar do estado estar em caminho de se firmar como uma das sedes da inclusão, ainda não existem times de futebol formados por pessoas com TEA no Pará. Segundo o coordenador regional norte do Brasil da Instituição Autismo Soccer Internacional, Marcos Amorim, existem trabalhos para a formação de um primeiro time.
“Aqui no Pará existem sim jogadores autistas, não só no futebol, mas também no vôlei, entre outras modalidades. Porém, ainda não há um time de futebol autista formado no estado. Estamos em conversas com o Instituto Federal do Pará, onde pactuamos essa semana passada, com o professor Hélio, que é o diretor-geral do Campos Belém, uma parceria para podermos montar um time aqui de futebol autista do Pará. Mas, por enquanto, não existe”, explicou.
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Ainda segundo Marcos, o esporte é uma ferramenta para a inclusão, aumentando a importância da realização de uma Copa do Mundo de futebol para atletas com TEA, principalmente no Pará, onde a capital Belém será palco da COP 30, também em 2025.
“O esporte é inclusão. Geralmente, pessoas com TEA vivem geralmente um mundo separado, na sua grande maioria. Então, o esporte traz, aproxima, dá mais confiança, mais firmação para eles. Não só o futebol, mas outras modalidades que trabalhamos, como o vôlei, luta greco-romana, jiu-jitsu, então nós, na Autismo Soccer, trabalhamos todas as modalidades de esporte, para poder haver a maior interação entre essas pessoas e os autistas”, disse.
“Visto que teremos a COP 30 em 2025, foi um querer do presidente internacional da Instituição, porque o evento só havia em formatos de Sul-Americanas, Campeonato Mexicano, Campeonato Inglês, Campeonato europeu, etc. E assim foi realizado o contrato para que houvesse a realização de uma grande Copa do Mundo, que se firmasse no calendário esportivo internacional”, completou.
O representante da regional norte ainda confirmou que estão sendo idealizados campeonatos nacionais e regionais de times de futebol de pessoas com TEA.
“Iremos trabalhar também a realização dos campeonatos regionais e nacionais. Assim como existe o Campeonato Brasileiro e o Campeonato Paraense, e faremos também as versões de futebol autista. São eventos que estamos trazendo para cá, para o Brasil, voltados para o espectro, para realizarmos a inclusão e falarmos um pouco mais, não só do TEA, mas também das demais síndromes neuros”, finalizou.
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