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Empreender com sustentabilidade é tendência na Amazônia

Empresas encontram soluções para promover responsabilidade socioambiental na região

Ronan Frias | Especial para O Liberal
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No Pará, a atenção à causa ambiental é uma realidade em empreendimentos pequenos e de médio e grande portes. O assunto passou a ser importante, pois destaca a visão sustentável sobre novas formas de produzir, principalmente no contexto amazônico.

Uma iniciativa, aqui no estado, voltada para a temática, trabalha com a utilização de joias orgânicas, usando biomateriais, com textura e cores encontradas na Amazônia. Algumas das peças são produzidas com látex extraído na Ilha de Cotijuba, região das ilhas de Belém. O material é coletado com apoio de comunidades tradicionais, com destaque para a produção feminina e um forte olhar social para o desenvolvimento dessas famílias.

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“Eu e minha mãe, como mulheres empreendedoras amazônidas, acreditamos que negócios como o nosso são importantes, fazem a diferença para a formação, já que estamos trabalhando com a participação social. A moda sustentável não é só um setor, ela é um movimento que discute a realidade daquele território. Essa metodologia de criação vem incluindo todo mundo que faz parte para criar e desenvolver nossos produtos”, destaca Tainah Fagundes, sócia-proprietária do projeto.  

image Tainah e Kátia Fagundes desenvolvem joias orgânicas, usando biomateriais, com textura e cores encontradas na Amazônia (Débora Flor)

Em empreendimentos ainda maiores, como construtoras e incorporadoras, a consciência ambiental é fundamental e também totalmente possível. Um projeto horizontal de 168 casas vem se destacando pelo hábito de boas práticas sustentáveis. A construção foi planejada com horta comunitária, sistema de compostagem, coleta seletiva e sistema de bicicleta comunitária.

Segundo a engenheira civil Nelissy Henriques, projetos como esse se tornaram uma necessidade, tendo em vista a realidade dos grandes centros urbanos. “Nesse cenário temos cada vez menos contato com nossa flora e fauna, com escassez de áreas verdes e pouco incentivo à educação ambiental. Por isso, acreditamos que este tipo de ação é uma tendência de mercado, sempre em busca do desenvolvimento saudável da sociedade que já passa por problemas advindos da má gestão de recursos e da poluição intensa das últimas décadas”, destaca.

A atenção ambiental é uma prática cobrada em lei, dependendo do tipo de negócio, mas é preciso ir além do que é previsto na legislação. Para o professor e mestre das ciências Mauro Renan, a transição para um modelo de empreendedorismo sustentável é viável e pode ser obtida com ações integradas. “Quando eu reduzo os desperdícios dentro da minha empresa, eu estou economizando dinheiro e estou impactando positivamente o meio ambiente. Principalmente quando economizo energia, água, gás. Quando a gente fala de sustentabilidade temos que pensar em trabalhar em tripé a sustentabilidade ambiental, social e econômica”, explica Renan.

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