Cresce o número de empresas da Região Norte que recorreram ao empréstimo bancário

Debora Soares

A Região Norte registrou um aumento de 2,2% na quantidade de empresas que recorreram ao crédito bancário, na comparação de abril com março deste ano, segundo dados recentes divulgados pela Serasa Experian. Se comparado abril de 2021 com o mesmo mês do ano passado, a diferença é ainda maior, 36,7% para a Região. Já a variação anual acumulada dos quatro primeiros meses do ano contabiliza 14,8%.

O início da pandemia do novo coronavírus é tido como o principal fator para esta elevação, uma vez que muitas empresas precisaram procurar novos recursos para manter seus estoques ou adquirir novos itens necessários para a manutenção do seu estabelecimento. Outras, porém, encontraram mais dificuldades em honrar os compromissos já assumidos antes da crise sanitária, mas que para continuar no mercado, lançaram mão de créditos bancários para quitar ou amenizar essas dívidas.

As micro e pequenas empresas são responsáveis por uma grande quantidade de geração de emprego e renda em todo o País. E foram elas as mais atuantes no pedido de crédito aos bancos acumulando uma variação anual de 40,7% quando comparado abril de 2020 com o mesmo período de 2021. As médias empresas aparecem com variação de apenas 8% e as grandes, por sua vez, contabilizam 6,7%.

Valber Cordeiro, presidente da Federação das Associações e Entidades de Micro e Pequenas Empresas do Estado do Pará (Femicro-PA), explica a relação de crédito estabelecida pelos bancos como um incentivo aos micro e pequenos empreendimentos. “Isso com certeza são reflexos da pandemia pois várias linhas de crédito foram abertas para apoiar o pequeno negócio. As condições foram bastante atraentes, entre o quais destacamos os juros baixos, carência e prazo de pagamentos,  mas alerto que crédito na verdade é dívida,então se o empreendedor não usar de modo correto isso pode virar  um investimento mal feito com duras consequência”, explica o presidente.

Quem lidera o ranking por regiões das empresas que mais solicitaram empréstimos financeiros aos bancos nos primeiros meses de 2021, é a Região Nordeste, com 16,5%. Em segundo lugar está a Região Centro-Oeste, com 16,2%, seguida pela Região Norte, que aparece com 14,8%. Nas últimas colocações estão as Regiões Sul, com 14,7%, e a Região Nordeste que aparece em último lugar, com os 11,1% da variação anual acumulada.

A economia brasileira cresceu 1,2% no primeiro trimestre deste ano na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados ontem, 01, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e é tido como um termômetro para medir a evolução da economia. 

De acordo com o economista, Nélio Bordalo Filho, 60, há perspectivas de sensíveis melhoras na economia da Região Norte, principalmente, em algumas atividades que precisam captar recursos em bancos. “Os empresários e empreendedores estão tentando desta forma manter os seus negócios funcionando, mas sem endividamento muito alto que possa prejudicar as empresas nos próximos meses. A expectativa dos economistas do mercado financeiro é que o PIB de 2021, suba de 3,45% para 3,52%, o que reflete otimismo no cenário da economia do Brasil e consequentemente da Região Norte, principalmente o Estado do Pará, em função das suas potencialidades no agronegócio”, projeta Nélio.

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