Academia Paraense de Jornalismo resgata memória de Felipe Patroni

Entidade exalta trajetória de pioneiros da Imprensa no Pará que completa 201 anos neste 2023

Valéria Nascimento
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A Academia Paraense de Jornalismo (APL) promoveu, na noite desta quinta-feira (22), em Belém, uma sessão especial de resgate da memória de Felipe Patroni, o advogado que idealizou e editou o primeiro jornal do Pará e de toda a região Norte do Brasil, intitulado ‘O Paraense’. O períódico circulou pela primeira vez em 22 de maio de 1822.

O evento solene da APL, na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, no bairro do Umarizal, integra uma sucessão de iniciativas comemorativas pelo Bicentenário da Imprensa do Pará, data instituída justamente pelo primeiro dia de circulação do jornal ‘O Paraense’, no ano de 1822, o quinto criado no Brasil. 

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"A origem da imprensa está intimamente ligada à luta pela liberdade de pensamento, de manifestação e expressão”, afirmou, na noite desta quinta-feira, a presidente da Academia Paraense de Jornalismo, a jornalista Franssinete Florenzano.

A sessão memorial teve como expositores os jornalistas Walbert Monteiro e Sebastião Godinho, e contou com a presença na mesa dos trabalhos do desembargador do TRT8, Paulo Izam Monteiro. Entre os convidados da noite, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor), Vito Gemaque. 

Patroni lutou pela independência do Pará

Franssinete recordou que “Felipe Patroni foi preso e deportado para Portugal. Seus sócios se afastaram em troca de vantagens pessoais. Seu sucessor, o cônego Batista Campos, foi preso várias vezes e agredido física e moralmente, teve que fugir e acabou morrendo na selva. O cônego Silvestre Antunes Pereira da Serra assumiu a direção do jornal, mas a tipografia foi invadida e empastelada pelos militares, os exemplares foram apreendidos e “O Paraense” deixou de circular”, assinalou a jornalista.

Ela fez questão de frisar que “a Academia Paraense de Jornalismo realizou a primeira das sessões memoriais para resgatar as trajetórias de jornalistas parauaras, protagonistas da própria história do Pará e do Brasil. Um deles, Paulo Maranhão, que completaria 150 anos em 2022, viveu até aos 94 anos escrevendo para o jornal Folha do Norte e foi considerado o jornalista mais antigo do mundo em atuação".

"A APJ se propôs a tirar da invisibilidade personalidades tão importantes, que precisam ser conhecidas não só pelos jornalistas como também por toda a população”, acrescentou a presidente da APL.

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Novo debate no próximo dia 28 de Junho

A Academia Paraense de Jornalimo segue com a programação que celebra os 200 anos da imprensa no Pará. O próximo evento será às 18h, do dia 28 deste mês, pela série “APJ Debates”. Desta vez, o tema a ser abordado será o da violência no ambiente da educação.

O assunto será abordado pela professora e secretária de Educação de Belém (Semec), Araceli Lemos; e pela reitora da Unama, Betânia Fidalgo Arroyo, reeleita por aclamação presidente do Conselho Estadual de Educação.

A Academia aguarda a confirmação do secretário de Educação do Pará (Seduc), Rossieli Soares, também, convidado a participar. Este APL Debate será no auditório David Mufarrej, da Unama, na avenida Alcindo Cacela.

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